Hospital Geral de Nova Iguaçu realiza captação de pulmão e de outros órgãos
Referência nos atendimentos de urgência e emergência na Baixada Fluminense, o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) vem se empenhando em também ajudar a salvar vidas de quem aguarda em fila por um transplante de órgão.
Entre a noite da última quarta-feira e a madrugada de quinta, a unidade realizou a captação de pulmão, a segunda dos seus 40 anos de fundação. O procedimento é considerado complexo e deve ser feito o mais rápido possível para evitar riscos de infecção. Também foram captados o coração, rins, fígado e córneas.
A captação só foi possível graças à autorização da família do doador, de 25 anos, que sofreu acidente de trânsito. A vítima teve morte encefálica confirmada depois de alguns dias de internação no HGNI. A unidade entrou em contato com a equipe do Programa Estadual de Transplantes (PET).
Foram enviados cirurgiões de diversas especialidades para fazer o procedimento que durou, aproximadamente, quatro horas. Os órgãos captados poderão ajudar até sete pessoas. Eles foram encaminhados para os hospitais onde os pacientes estão aguardando pelo transplante.
“A sensibilidade da família em permitir a captação de órgãos, mesmo em um momento de dor pela perda de um parente querido, é fundamental para que o procedimento aconteça. Temos equipes qualificadas para oferecer o suporte adequado e entregar uma oportunidade de recomeço para quem espera pelo transplante de órgão”, destaca o diretor-geral do HGNI, Joé Sestello.
O HGNI conta com a Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Os profissionais que compõem uma equipe multidisciplinar trabalham diretamente identificando possíveis doadores, vítimas de morte encefálica, além de acolher e explicar o direito que a família tem em optar pela doação.
“A identificação precoce do paciente com critérios de danos neurológicos graves e suporte intensivo é realizado pela equipe multiprofissional da CIHDOTT, em conjunto com o acolhimento aos familiares, exerceram papel fundamental para que ao final do diagnóstico de morte encefálica a captação de órgãos acontecesse, salvando a vida de mais de sete receptores”, explica a médica e coordenadora da CIHDOTT, Roberta Carvalho.
Para ser doador de órgãos é importante a pessoa manifestar à família sobre o desejo de realizar a doação. Não é necessário deixar a vontade expressa em documentos ou cartórios, basta que sua família atenda ao seu pedido e autorize a doação de órgãos e tecidos.
Foto: divulgação