Profissionais dão dicas para quem vai viajar com seu pet no carnaval
Carnaval: período de festa para alguns e descanso para outros.
Seja qual for a escolha, para aqueles que pretendem sair da cidade e passar o período em outras paragens com o doguinho de estimação, é importante tomar algumas medidas preventivas, como antiparasitários em dia, já que no verão aumentam os riscos de proliferação de pulgas e carrapatos, transmissores de doenças, além de vacinas antirrábica e múltipla atualizadas a cada 12 meses, prevenindo, respectivamente, doenças como raiva, cinomose, parvovirose, leptospirose, parainfluenza, coronavirose, adenovirose e hepatite infecciosa canina. Leve a carteirinha de vacinação, pois algumas regiões e hotéis exigem a apresentação.
De acordo com a médica veterinária Priscila Mesiano, caso a pessoa leve o animalzinho para a região litorânea, é importante fazer vermifugação específica contra a dirofilariose (verme do coração).
“A dirofilariose é mais comum em cidades litorâneas, pois o clima quente da Região dos Lagos favorece a multiplicação das fêmeas dos gêneros de mosquitos Culex e Aedes, transmissoras que, contaminadas, disseminam a doença ao picar animais saudáveis. A partir do momento em que o parasita entra no corpo do animal, ele cai na corrente sanguínea e passa a se desenvolver em forma de novelo no coração, podendo chegar a vinte centímetros de comprimento em três anos. A doença é silenciosa e pode matar”, explica.
A atenção para o transporte do animal na viagem também é fundamental, pois o Código de Trânsito Brasileiro proíbe que o bichinho fique solto com o motorista dentro do carro, seja na cidade ou estrada. A infração é passível de multa e perda de pontos na carteira.
“Há bastante procura na venda de cintos, além de caixas e cadeiras de transporte. Os cintos, que podem ser usados por todos os bichinhos, dispõem de uma ponta presa no encaixe do cinto de segurança do carro e a outra na coleira do animal; as cadeiras indicadas para animais até 10Kg, ficam com as alças penduradas no encosto de cabeça, dentro há um cinto de segurança que também é unido à coleira; as caixas são para todos os tamanhos de cães e ideais para gatos, sendo vendidas em diversos tipos de material. Os animais devem ser transportados no banco de trás do veículo”, orienta Verônica Kreischer, proprietária da Pet Shop Amigo Bicho, na Rua Montecaseros, 414.
Lembrando que é importante planejar a viagem para que seja o mais confortável possível para o cãozinho. O animal não pode comer grandes quantidades de alimento antes da viagem para evitar enjoos e diarreia.
É preciso ter paradas para água e outras necessidades para a viagem ser o mais tranquila possível. Não se deve mudar a alimentação do animal, muitas vezes, sendo necessário levar a quantidade de alimento/ração a serem usados nos dias que estiver fora de casa.
“Cuidado com o calor em excesso, nos horários em que o sol fica mais forte, principalmente em raças braquicefálicas, como pug, buldogue inglês e francês, shih tzu, lhasa apso, cavalier king, shar-pei, entre outros, pois pode ocorrer hipertermia e levar o animal a óbito. As patinhas também são partes do corpo que merecem atenção, pois podem sofrer queimaduras graves. Verificar a temperatura do solo antes de brincadeiras e caminhadas, sendo que os melhores horários para atividades são antes das 9h e depois das 16h. Em caso de dúvidas, sempre consulte o médico veterinário”, finaliza Priscila.
Foto: divulgação