Conservatório de Música de Niterói, em parceria com o Programa Aprendiz, oferece Ciclo de Capacitação Interna “Introdução à Educação Anticapacitista”
Felipe iniciou a palestra fazendo uma autodescrição, informando nome, deficiência, idade, altura, gênero, além de suas características físicas e vestimentas.
“Esta palestra é de suma importância. Trazer este tema de anticapacitismo aqui para dentro é muito relevante. A música, com a qual trabalho há mais de trinta anos, é vista como de elite, que só os ricos podem aprender e não é verdade. Isso tem que ser desconstruído. Os que aqui estão presentes vão levar o tema de hoje para a vida e passar para outras pessoas o que aprenderam, multiplicando a informação”, explica Felipe.
A explanação contou com vídeos com autodescrição, com sinais de libras e outras formas acessíveis. Um deles demonstrou uma audiodescrição, que deve ser ao vivo, realizada em um concerto, descrevendo o instrumento utilizado na hora, além de dar uma pincelada das questões mais importantes.
“Este tipo de aula é muito importante, sobretudo para os mestres do Programa Aprendiz, que lidam com jovens e crianças no dia a dia. A educação anticapacitista frisa que não é mais tolerável a discriminação da pessoa com deficiência, respeitando a individualidade de cada um”, afirma André Diniz, secretário de Ações Estratégicas e Economia Criativa.
Sobre Felipe Monteiro
Especialista em educação e música, acessibilidade cultural e audiodescrição. Autor de cinco livros sobre deficiência visual, acessibilidade musical e audiodescrição e possui trinta anos de experiência como professor de música. É membro de vários grupos de pesquisa e estudos na área.