Nova Iguaçu: médicos da Maternidade Mariana Bulhões falam sobre a rotina de atendimentos e nascimentos
Comemorado em 18 de outubro, o Dia do Médico é a data escolhida para homenagear estes profissionais que são motivados por cuidar e salvar vidas. A Maternidade Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu, pode ser considerada o início da história de diversas famílias que esperam pelo nascimento de um bebê. Com média de 700 partos e quatro mil atendimentos por mês, a equipe médica atua pelo bem-estar dos pacientes e conta um pouco da intensa rotina na unidade de saúde.
Prestes a completar 50 anos de carreira, Ricardo Rodrigues de Souza, de 76, é um dos médicos mais experientes da Maternidade Mariana Bulhões. Há dez anos ele atua como ginecologista e obstetra da unidade. Apesar da idade, ele conta que não pensa em parar e sua motivação segue a mesma de quando iniciou seus estudos em medicina: salvar vidas. São incontáveis os partos e cuidados com as grávidas, como o atendimento de emergência que fez à Eliane Moreira, grávida de 34 semanas, que teve um mal súbito. Ele relata também que na maternidade um caso difícil chamou sua atenção e teve desfecho positivo.
“Todos os partos são marcantes, mas cada um é diferente do outro. Eu fiz um parto aqui em que se achava que a criança estivesse morta, mas quando agimos, vimos que ela estava viva. Foi uma coisa bem marcante e muito emocionante para todos”, explica.
A médica Fátima Magalhães, de 56 anos, optou por seguir a profissão logo quando criança, aos 4 anos, depois de uma consulta com seu pediatra. Apesar desse primeiro contato, Fátima se especializou em anestesiologia, segundo ela, para amenizar a dor do próximo e dar conforto à paciente durante a cirurgia e no pós-operatório. Ela explicou um pouco da sua responsabilidade como anestesista.
“Vejo que as pessoas não têm medo da cirurgia e sim da anestesia. A gestante tem determinadas particularidades por questões anatômicas e hormonais. Então procuro esclarecer à paciente de tudo o que vai acontecer e garantir que estarei ali o tempo todo cuidando dela, passando mais segurança. Essa é a nossa função”, ressalta.
A UTI-Neonatal é um local de internação vital para o bebê que nasceu com algum problema de saúde. Esse paciente pode ficar internado por semanas ou meses e precisa ser acompanhado de perto por toda uma equipe especializada. Uma dessas profissionais é a pediatra e neonatologista Joicielle Valente, de 36 anos.
Ela conta que o desejo de ser médica a acompanha desde a sua infância pela vontade de ajudar as pessoas. Sobre o desafio de cuidar de bebês com muitas das vezes menos de 1kg, a profissional garantiu que apesar da dificuldade, dá o seu melhor para que muitos saiam de alta, como no caso da pequena Isadora, que após ficar um mês internada, foi para casa bem de saúde com sua mãe, Rosângela Silva Santos, de 34 anos.
“O grande desafio é salvar a vida para esses bebês mais fragilizados, pois apresentam sistema imunológico muito debilitado. Quando dou alta a um deles, meu sentimento se torna gratidão, pois não só o médico, como toda a equipe da maternidade trabalhou junta para esse desfecho positivo. Eu agradeço a todos por esses resultados tão bons que temos”, concluiu.