Prefeitura de Angra dos Reis cobra explicações da Eletronuclear sobre vazamento radioativo em usina
Justiça Federal determina que Eletronuclear avalie danos causados por vazamento em usina de Angra dos Reis
A Prefeitura de Angra dos Reis se tornará coautora da ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a Eletronuclear, por não ter informado imediatamente o vazamento de material radioativo ocorrido na usina Angra 1 em setembro de 2022.
Nesta quinta-feira (23), o prefeito Fernando Jordão cobrou explicações do presidente da estatal, Eduardo Grivot. “Em nenhum momento fui informado sobre o caso, nem a Defesa Civil ou o Centro Integrado de Informações Estratégicas em Saúde. As responsabilidades precisam ser apuradas.”
Em casos como esse, a notificação é compulsória e imediata, mas a estatal demorou 21 dias para comunicar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Além disso, a Eletronuclear negou inicialmente o vazamento, mas depois admitiu que cerca de 90 litros de água contaminada haviam escorrido para o mar.
Na quarta-feira (22), a Justiça Federal determinou que a estatal avalie possíveis danos causados, faça testes de níveis radioativos e divulgue informações objetivas sobre o acidente e as medidas adotadas.