Enel pode ser alvo de CPI após número elevado de reclamações

A Enel, concessionária de energia elétrica que atua em regiões dos estados do Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo, pode ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara dos Deputados devido ao alto número de reclamações recebidas contra a empresa. O deputado federal Max Lemos (PDT) protocolou nesta semana o pedido de criação da CPI, que terá como objetivo realizar uma análise minuciosa do contrato de concessão do serviço da companhia, com previsão de encerramento em 2026.

Membro efetivo da Comissão de Minas e Energia, Max Lemos justificou a criação da CPI pelo elevado número de reclamações que vem recebendo em seu gabinete de representantes de municípios do Rio de Janeiro, das regiões Norte, Noroeste, parte das regiões serranas, Sul Fluminense e Região dos Lagos, sobre a questão do fornecimento de energia elétrica. Antes do pedido de instalação da CPI, Max Lemos protocolou requerimento ao Ministério de Minas e Energia solicitando informações sobre os casos, e realizou audiência com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), prefeitos e secretários.

“As principais reclamações recebidas em meu gabinete nas visitas dos prefeitos e vereadores destas regiões foram em relação à energia elétrica. E são casos absurdos. Além de frequentes e prolongados apagões, a ineficiência do serviço tem provocado a paralisação de obras importantes.” explicou Max Lemos.

O parlamentar sustenta ainda que o serviço inadequado prestado também está prejudicando, além de atividades agropecuárias, industriais e comerciais em várias cidades, o funcionamento de escolas, postos de saúde e hospitais. “A situação é tão grave que resolvemos criar uma central de denúncias eletrônica contra a Enel, que será disponibilizada até o final do mês pelo WhatsApp e também nas redes sociais. No nosso mandato de Deputado Estadual,

Em sua justificativa para criação da CPI, Max Lemos destacou também que em 2020, 2021 e 2022 os serviços de energia elétrica ficaram no topo do ranking das reclamações do Procon em todo Brasil, e que, mesmo assim, conforme dados publicados pela Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados, de 1995 a 2020, a tarifa média residencial aumentou 55% e a tarifa média industrial teve aumento de 134%.