CSN anuncia investimento de R$ 700 milhões para melhorar qualidade do ar em Volta Redonda
Diretores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) se reuniram nesta segunda-feira (17), no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, para anunciar um investimento de R$ 700 milhões destinado a melhorias na qualidade do ar em Volta Redonda. A empresa se comprometeu a realizar ações de manutenção e combate ao “pó preto” até o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
O encontro contou com a presença do prefeito Antonio Francisco Neto e do deputado estadual Munir Neto. Além disso, foi acordado que o vice-governador Thiago Pampolha e o presidente do Inea, Philipe Campello, revisarão o decreto estadual que regulamenta os padrões de qualidade do ar no Estado do Rio de Janeiro.
A CSN produz um material composto por micropartículas de ferro, conhecido como “poluente sedimentável”. Desde 2017, o governo do estado do Rio de Janeiro decidiu retirar esse material da lista de poluentes monitorados pelas autoridades ambientais.
O prefeito Antonio Francisco Neto ressaltou a importância de ações imediatas para aliviar os problemas relacionados à qualidade do ar. Ele também destacou que é fundamental que a CSN aumente sua produção e reduza sua poluição, enfatizando a existência de recursos e tecnologia para isso.
Entre os investimentos anunciados pela CSN estão a substituição dos filtros eletrostáticos nas Sinterizações da Usina Presidente Vargas (UPV) e a instalação de 12 canhões de névoa na área interna da UPV, considerada uma das mais críticas na dispersão de poluentes. Antes da reunião, estava prevista a instalação de apenas dois canhões de névoa. A previsão é que os reparos nos filtros sejam concluídos até setembro deste ano, resultando em uma drástica redução na emissão de pó preto até o cumprimento do TAC.
Além disso, a CSN está utilizando um polímero nas pilhas de material particulado, como carvão, coque e minério de ferro, e em áreas mais sensíveis à dispersão de poeira no ar. Esse produto é biodegradável, não representa risco ambiental nem para a saúde das pessoas, e impede a propagação das partículas.