Prefeituras na luta contra crimes ambientais em meio às mudanças climáticas
Às portas da primavera, o estado do Rio de Janeiro enfrenta preocupações climáticas crescentes. O aumento das temperaturas chama a atenção das autoridades para a urgência de criar políticas ambientais e, mais importante, combater os crimes contra a natureza.
Petrópolis, uma cidade altamente suscetível a problemas ambientais, tem sido palco de inúmeras denúncias de desmatamento. Somente nos três primeiros meses deste ano, o Disque Denúncia recebeu mais de 200 denúncias, um número alarmante que continua a crescer.
Após a tragédia de 15 de fevereiro de 2022, quando fortes chuvas causaram deslizamentos mortais, a cidade tornou-se o epicentro das preocupações dos governos federal, estadual e municipal. Essas preocupações foram destacadas durante a recente Conferência Municipal de Meio Ambiente, onde mais de 200 pessoas se reuniram para debater soluções.
A conferência revelou dados preocupantes. De janeiro a julho deste ano, foram registradas 215 denúncias, com o desmatamento irregular liderando a lista com 52 denúncias. O desmatamento florestal, extração irregular do solo, poluição do ar e outros crimes ambientais também foram divulgados.
Em Petrópolis, a 11ª Semana de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental, em parceria com a Estácio, está em andamento, explorando o tema “Alimentação que transforma”. O evento discute práticas ambientais e socioeconômicas sustentáveis relacionadas à alimentação.
Outras cidades do Rio também estão intensificando seus esforços contra os crimes ambientais. Recentemente, uma ação conjunta em Angra dos Reis resultou na detenção de três homens por crimes ambientais e furto.
Em Maricá, a Prefeitura embargou construções irregulares em Jacaroá e Bambuí durante uma fiscalização. Os lotes invadidos estavam suprimindo vegetação, incluindo árvores.
Paraty enfrenta constantemente o desafio do desmatamento e da degradação ambiental. Recentemente, o Poder Público realizou uma vistoria em resposta a denúncias, onde descobriu supressão de vegetação nativa da Mata Atlântica em uma área de aproximadamente 600 m². As justificativas apresentadas para o desmatamento não foram respaldadas por autorizações oficiais.
Na cidade do Rio de Janeiro, há um rigoroso monitoramento e fiscalização ambiental, que inclui o acompanhamento da qualidade dos recursos ambientais e vistorias para aplicar sanções em casos de crimes ambientais e poluição sonora. As autoridades estão comprometidas em proteger o meio ambiente em meio às mudanças climáticas globais.