Macaé lança sua campanha antirracista
Para destacar a importância de combater o racismo, os servidores da Prefeitura de Macaé participaram, nesta segunda-feira, do lançamento da campanha “Dia D Macaé-Cidade Antirracista”. O ato, promovido pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, aconteceu em frente ao Paço Municipal e outros prédios da administração.
Durante a programação, o prefeito Welberth Rezende reforçou a importância de atitudes antirracistas. “Racismo, aqui, não. Esse é um ato que marca essa bandeira tão importante. A Secretaria de Igualdade Racial foi criada para combatermos atitudes racistas. Recentemente, tivemos alguns casos que nossos servidores sofreram e todos eles foram encaminhados à polícia. Essa luta é de todos nós, temos que nos incomodar com qualquer tipo de atitude racista”, frisou o prefeito.
Com o lançamento da campanha, serão utilizadas ferramentas publicitárias, como cartazes, outdoor, busdoor, camisetas, botons e máscaras de perfil para redes sociais alusivas à campanha, que também está prevista para acontecer nas escolas municipais com rodas de conversa em datas que serão definidas.
A secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Zoraia Braz, afirmou que a campanha vai além do ato desta segunda-feira. “Temos que ser protagonistas das mudanças e denunciarmos qualquer fato. Precisamos mudar o nosso olhar para as práticas racistas que foram banalizadas. A ação envolveu todo público interno, mas a ideia é que os servidores possam ser multiplicadores para suas famílias”, disse Zoraia.
Zoraia acrescentou que a campanha também lançará dicas de como a pessoa pode identificar quando estiver sendo alvo do racismo. “Atualmente, 63% da população de Macaé é negra, um dado que reforça a importância de combatermos atitudes racistas em qualquer lugar. Não basta você somente não ser racista, temos que ter atitudes antirracistas”, acrescentou a secretária.
Conscientização
Para a economista e servidora da Secretaria de Planejamento, Marta Moraes, o ato é fundamental para conscientização de todos. “Eu não me reconhecia parda. Foi preciso muita leitura e informação para me conscientizar. Atos como esse são importantes porque contribuem com diversos processos e, um deles, é o reconhecimento. Ao longo dos anos sofri com diversas atitudes racistas, mas hoje já estou fortalecida”, explicou.
Em novembro, mês alusivo à Consciência Negra, haverá a Semana da Cultura Negra, de 14 a 18, com rodas de conversas e ações especiais.
Macaé segue a Lei 4.942/2022, sancionada pelo prefeito Welberth Rezende, que dispõe sobre o Estatuto Municipal de Promoção da Igualdade Racial. O documento tem como objetivo a superação do preconceito, da discriminação e das desigualdades raciais. Toda distinção, exclusão ou restrição baseada em raça, cor, descendência, procedência nacional ou étnica que tenha por objetivo cercear o reconhecimento, o gozo ou o exercício dos direitos humanos e das liberdades fundamentais é considerada discriminação racial.
Foto: Bruno Campos