Cidades celebram o Dia dos Povos Indígenas
No dia 19 de abril, o Dia dos Povos Indígenas foi comemorado com uma grande festa na aldeia Mata Verde Bonita, em São José do Imbassaí, Maricá. A cerimônia de abertura do evento, que se estendeu até domingo, incluiu apresentações do coral e dos guerreiros e guerreiras da aldeia. A festa foi promovida pelo Instituto Terra do Saber, por meio do Programa Municipal de Arte e Cultura da Secretaria de Cultura de Maricá.
Além das performances culturais, os visitantes desfrutaram de uma feira de artesanato, apresentações teatrais e shows de artistas locais, como o cantor Ronaldo Valentim. Também houve várias atividades típicas dos indígenas, como tiro de arco e flecha, corrida de tora, baracá, luta corporal, futebol masculino e feminino, entre outras.
A importância desse evento vai além da celebração, sendo uma oportunidade de divulgar a cultura brasileira e reviver histórias e lendas frequentemente esquecidas. Júlia Jesus Santos, estudante do ensino médio, enfatizou a importância de combater estereótipos e mostrar ao mundo a beleza desse povo, ressaltando que a história brasileira está intrinsecamente ligada a essas terras.
Além das festividades na aldeia Mata Verde Bonita, escolas e creches da rede municipal de ensino de Maricá organizaram diversas ações ao longo da semana para celebrar o Dia dos Povos Indígenas. Em Campos, a cidade não esqueceu dos seus. Na Escola Municipal Leopoldino Maria, em Nova Goitacazes, os estudantes participaram de uma palestra com o historiador, pesquisador e escritor Hélvio Gomes Cordeiro, autor de diversos livros relacionados à cultura indígena.
Thiago Silva, diretor adjunto da escola, destacou a importância da visita do historiador, que é descendente indígena, para a compreensão da cultura e história dos povos indígenas. Ele ressaltou a gratidão pela contribuição do palestrante para a educação e enriquecimento cultural dos alunos.
No centro do Rio de Janeiro, foi inaugurado um novo espaço cultural dedicado à cultura indígena, chamado Casa TUCUM. O nome faz referência à palavra indígena que significa palmeira nativa do Brasil, Guianas, Peru e Colômbia. A inauguração contou com a presença de autoridades e membros da Aldeia Marak’anã, que realizaram apresentações de música e dança típicas.
A Casa TUCUM funcionará como um espaço multidisciplinar, incluindo galeria de arte, empório gastronômico e um núcleo de empreendedorismo indígena. O objetivo é proporcionar uma imersão no universo indígena e promover o encontro entre diferentes culturas e a sociedade, permitindo que as narrativas desses povos ocupem espaços públicos e transformem o imaginário social em relação às suas diversas possibilidades e expressões.
A celebração do Dia dos Povos Indígenas destaca a importância de preservar a história e a memória dos brasileiros, valorizando e divulgando a rica cultura indígena. Essas iniciativas contribuem para o reconhecimento da importância desses povos e a valorização de suas tradições.