Profissionais de oncologia discutem a importância de um tratamento integrado para o câncer de mama
Na manhã desta terça-feira, equipes que atuam nos atendimentos clínicos à pacientes com câncer em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, realizaram uma manhã de conversa, com o objetivo de trazer informações sobre o enfrentamento ao câncer de mama, doença que atinge pelo menos 61% das mulheres, a cada grupo de 100 mil, segundo os dados do INCA.
“Todos os meses do ano precisam ser cor de rosa. E para isso precisamos manter os hábitos corretos. Outubro é só a lembrança, mas é preciso manter isso em mente, durante todo o ano. Com a pandemia houve uma queda muito grande no número de mamografias e hoje, quase dois anos e meio depois, temos visto a quantidade de casos que têm surgido. Por isso é importante procurar especialistas a todo o tempo. Tudo começa na alimentação, depois os cuidados com a saúde e detecção o quanto antes possível e após isso, definir a melhor forma de tratamento para cada caso, chegando até a cura”, explica o mastologista Carlos Vinícius Leite.
O encontro que foi promovido no Centro Regional de Radioterapia – RadioSerra, contou com a presença de participantes do Centro de Terapia Oncológica e da Associação Petropolitana de Pacientes Oncológicos, que atendem a pacientes em tratamento dos mais variados tipos de tumores, em toda a Região Serrana e Metropolitana do Rio, além da Baixada Fluminense.
“É muito importante que o tratamento seja feito de forma integrada e com a nutrição, conseguimos manter a imunidade e fazer com que o organismo reaja de forma positiva durante os procedimentos médicos, além de prevenir e manter uma saúde adequada ao término desse acompanhamento. Cada pessoa precisa ter um direcionamento específico às suas condições físicas e de saúde, por isso é vital ter cada envolvido auxiliando nisso. E para o público de forma geral a dica é: façam uma alimentação equilibrada, com diversidade de cores no prato e sem pesar tanto a sua dieta. A obesidade é um dos maiores fatores de risco para o câncer e nós podemos evitar isso”, pontua Camila Souza, nutricionista do CTO.
Para o Radio-Oncologista, Daniel Przybysz, os tratamentos têm seguido atualmente um método personalizado, mas os avanços médicos têm sido grandes e permitem solucionar a doença, com resultados significativos.
“Nem todas as peças se encaixam em qualquer quebra-cabeça, por isso é importante entender cada pessoa. A Radioterapia evoluiu muito com o passar dos anos, isso trouxe uma redução incrível nos efeitos colaterais e possibilitou melhores tratamentos. E assim foi também com a quimioterapia, a imunoterapia, na terapia-alvo, além da cirurgia que é muito menos agressiva e com menor impacto na vida daquele paciente. De forma geral, tudo era mais pesado anteriormente e hoje, essas pessoas conseguem passar por esses métodos de outra forma, com mais qualidade e sem ter tanto medo”, detalha.
Outro aspecto que foi observado são as questões de mobilidade e impacto que a cirurgia pode trazer para o paciente. A fisioterapeuta Renata Pacheco, trouxe um panorama sobre como pode haver uma melhoria na qualidade de vida dessas pessoas, a partir da intervenção do profissional.
“ A dica é que toda pessoa possa fazer exercício sempre que puder, mesmo que seja apenas por 30 minutos ao longo de cada dia. A própria OMS recomenda isso e por apenas 5 dias, está se cumprindo essa meta, saindo do sedentarismo e prevenindo o surgimento do câncer. Os estímulos à atividade física já são preventivos, mas a fisioterapia pode também garantir que não haja impactos maiores nas áreas atingidas pela doença e quando ocorrem, conseguimos também reabilitar esse paciente”, diz.
Na quinta-feira, um novo encontro acontece a partir das 9h, com música, massoterapia, maquiagem, além de fisioterapia pélvica, corte de cabelo e distribuição de laços. A programação ocorre na Rua Dr. Sá Earp, 309 – Morin – Petrópolis, RJ.