Crise de infraestrutura nas pontes do arranha-céu e do Castelo em Itaipava afeta mobilidade e turismo

Enquanto a região de Itaipava, em Petrópolis, continua a atrair turistas, dois dos principais acessos ao distrito enfrentam uma severa crise de infraestrutura: as pontes do Arranha-Céu e do Castelo, que ligam a BR-040 à Estrada União e Indústria. Essas vias, cruciais para o deslocamento de moradores e visitantes, têm sofrido com anos de abandono, impactando não só a mobilidade local, mas também a economia e o turismo da região.

A ponte do Arranha-Céu, situada na entrada de Itaipava, está em condições críticas. Construída na década de 1980, a estrutura não passou por reformas significativas desde então. Atualmente, apresenta rachaduras, corrosão e corrimãos danificados, gerando preocupações entre motoristas e pedestres. Moradores locais relataram que a ponte, estreita e sem calçadas adequadas, não consegue mais suportar o fluxo intenso de veículos, especialmente nos finais de semana.

Embora a Secretaria de Obras tenha realizado pequenas intervenções em julho, não houve uma avaliação completa da segurança da ponte. “A ponte não comporta mais o movimento intenso para a União e Indústria”, afirmou Fabrício Santos, membro do grupo *Unidos por Itaipava* (Unita), que reúne empresários locais em busca de soluções estruturais. O grupo defende que o acesso seja incluído no Plano de Exploração da Rodovia (PER), previsto para ser lançado em 2025.

O trânsito na área enfrenta congestionamentos frequentes, com motoristas levando até 40 minutos para fazer o trajeto entre a BR-040 e Itaipava, especialmente devido ao tráfego de ônibus e caminhões, que sobrecarregam a infraestrutura.

A ponte do Castelo, localizada na Estrada União e Indústria, também apresenta sérios problemas. Em 2022, foi interditada e, em 2023, passou por uma reforma custeada pela prefeitura, no valor de R$ 111 mil. No entanto, a solução foi insuficiente, e a estrutura voltou a apresentar falhas. A instalação de cinco quebra-molas em um curto trecho da estrada também contribuiu para os problemas de mobilidade.

“Precisamos de soluções permanentes, e não de improvisos que só agravam os problemas”, desabafou Alexandre Plantz, outro membro do Unita.

Além dos problemas estruturais nas pontes, o Unita aponta outras questões que afetam a mobilidade e a segurança pública em Itaipava. Com uma frota de quase 200 mil veículos registrada no Detran em 2023, Petrópolis enfrenta congestionamentos crescentes devido à falta de manutenção das ruas e à ausência de obras de infraestrutura viária no distrito.

Segundo o Portal da Transparência da Prefeitura, apenas duas obras foram destinadas a Itaipava em 2023, nenhuma delas voltada para a melhoria do trânsito, reforçando a percepção de que o distrito não recebe a devida prioridade nas políticas públicas.

O movimento Unita apela ao governo federal para que inclua as pontes do Arranha-Céu e do Castelo no plano de prioridades do PER, com o objetivo de garantir investimentos em infraestrutura que melhorem a mobilidade e a segurança na região. A falta de planejamento adequado tem impacto direto não apenas no cotidiano dos moradores, mas também no turismo, que é uma das principais fontes de renda de Petrópolis.

Com o apoio da comunidade, o Unita se coloca como uma voz ativa na luta por melhorias, buscando soluções duradouras para garantir um futuro mais seguro e próspero para Itaipava e seus moradores.