Cidades Fluminenses enfrentam desafios climáticos: Maricá avança na educação ambiental e Angra dos Reis enfrenta crise hídrica
Com a chegada da primavera prevista para a próxima segunda-feira, dia 23, as altas temperaturas já se fazem sentir em diversas cidades brasileiras. Além da transição das estações, o cenário é agravado pelos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Em meio à estiagem prolongada e à escassez de recursos hídricos, municípios como Maricá e Angra dos Reis intensificam suas ações para proteger a biodiversidade e garantir a qualidade de vida de seus habitantes.
Maricá revoluciona a educação ambiental
A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cidade Sustentável, lançou uma plataforma online inovadora para agendamento de visitas às unidades de conservação do município. A iniciativa visa promover a educação ambiental e conscientizar a população sobre a importância da preservação do meio ambiente.
A plataforma permite aos usuários escolher entre visitas internas nas sedes das Unidades de Conservação Apasemar e Revis, além de visitas externas. Também é possível navegar virtualmente pela cidade via satélite. Para facilitar o acesso, um QR Code disponível no site direciona rapidamente para a página de agendamento.
Durante as visitas, os participantes podem se conectar com o ambiente natural, aprender sobre a biodiversidade local e adotar práticas sustentáveis no cotidiano. As atividades ocorrem no Refúgio de Vida Silvestre de Maricá (Revis) e na Área de Proteção Ambiental Municipal das Serras de Maricá (Apasemar), com visitação aberta de terça a domingo.
Angra dos Reis enfrenta crise hídrica
Enquanto Maricá avança em iniciativas de educação ambiental, Angra dos Reis sofre com uma crise de abastecimento de água. A seca prolongada afetou áreas como o Parque Mambucaba, onde o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) implementou um plano emergencial de abastecimento com 16 caminhões-pipa. A água, captada no rio Perequê com autorização do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), passa por um rigoroso processo de cloração antes de ser distribuída à população.
Para garantir o fornecimento de água, o SAAE adotou uma estratégia de rodízio entre ruas, alternando o abastecimento em dias pares e ímpares. A autarquia também recomenda que as residências possuam cisternas e caixas d’água para armazenamento eficiente, a fim de evitar o desperdício.