Confiança do empresário industrial fluminense sobe, mas alerta para desafios futuros
O Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (Icei-RJ) alcançou 52,3 pontos em outubro, superando o resultado de julho (50,7) e do mesmo período do ano passado (51,1). Apresentando otimismo ao ultrapassar a média histórica de 51,8 pontos, o índice, calculado pela Firjan, revela uma confiança disseminada entre os empresários industriais do Rio de Janeiro.
A pesquisa, que vai de 0 a 100 pontos, tem como marco de otimismo o valor acima de 50. O Icei-RJ se divide em dois indicadores: **Condições Atuais**, com 47,2 pontos, e **Expectativas**, que atingiu 54,9 pontos. Embora o índice de Condições Atuais ainda esteja abaixo dos 50, houve um progresso em todas as comparações, superando a média histórica de 44,4 pontos. O avanço foi puxado pela percepção mais positiva da economia brasileira (44,2 pontos, acima dos 36,4 de julho) e pela melhora na avaliação da economia fluminense (43,5 pontos) e do desempenho das empresas (48,9 pontos).
O indicador de Expectativas para os próximos meses se manteve otimista, com 54,9 pontos. No entanto, houve um leve recuo na expectativa de desempenho das empresas, que passou de 58,8 em julho para 57,8 em outubro. Mesmo assim, essa é a única métrica do Icei-RJ que permanece acima dos 50 pontos. As projeções sobre a economia do estado se aproximaram da zona de otimismo, atingindo 49,9 pontos.
A Firjan ressaltou que, enquanto o cenário atual mostra uma melhora na confiança, há desafios no horizonte para a indústria fluminense. “Embora a percepção sobre a economia brasileira e a fluminense seja menos negativa, refletindo um ambiente mais favorável, as expectativas quanto ao desempenho das empresas mostram sinais de acomodação”, avaliou a entidade.
A federação também apontou fatores que podem impactar a confiança no futuro, como altas taxas de juros e incertezas na política fiscal. A escassez de mão de obra qualificada é um dos desafios que sinalizam a necessidade de cautela para os próximos meses, pois as empresas começam a prever um cenário menos positivo para o setor industrial.