Aedes aegypti: Vetor da dirofilariose, o “verme do coração” em cães

Com a chegada do verão, a preocupação com o Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus, aumenta. Contudo, poucos sabem que ele também é responsável pela transmissão da dirofilariose, ou “verme do coração”, que afeta principalmente cães e pode levar a complicações graves.

A dirofilariose é uma zoonose comum em regiões litorâneas, onde o clima quente favorece a proliferação do mosquito. Segundo a médica veterinária Priscila Mesiano, embora a Região Serrana não apresente condições ideais para a doença, já há casos registrados, evidenciando a necessidade de prevenção. O parasita entra na corrente sanguínea do animal, atingindo a artéria pulmonar e o coração. Inicialmente silenciosa, a doença pode evoluir para sintomas como perda de peso, tosse e dificuldade respiratória.

O tratamento da dirofilariose é complexo e pode incluir medicamentos e intervenções cirúrgicas para remover larvas que obstruem vasos sanguíneos. A veterinária Camila Gonçalves explica que exames como ecocardiogramas e sorologias são essenciais para o diagnóstico, destacando que a doença pode causar embolia pulmonar, uma das principais causas de morte em cães infectados.

Prevenção é a melhor defesa

A prevenção é fundamental. Especialistas recomendam o combate rigoroso ao mosquito e o uso de antiparasitários específicos para cães, especialmente aqueles que frequentam áreas de risco. Protetores como pipetas e medicamentos orais são eficazes, desde que aplicados corretamente. “A prevenção é crucial, pois o tratamento é longo e pode trazer sérias consequências”, alerta Priscila Mesiano.

Com os cuidados certos, é possível proteger os pets e minimizar os riscos, reforçando a importância da conscientização durante o verão.