Campos intensifica combate ao Aedes aegypti com tecnologia de monitoramento
A Secretaria Municipal de Saúde de Campos, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), está ampliando suas ações para enfrentar o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Uma das principais estratégias adotadas é o uso das Ovitrampas, armadilhas que permitem um monitoramento detalhado da infestação do mosquito na cidade.
Na pesquisa mais recente, foram instaladas 600 armadilhas em 100 bairros, abrangendo tanto áreas urbanas quanto rurais. O levantamento identificou a presença de 72.500 ovos do Aedes aegypti, evidenciando a necessidade de ações rigorosas de combate. Com esses dados, a equipe do CCZ elabora um mapa de calor, indicando as regiões com maior concentração do mosquito. “Esse mapa nos permite direcionar as ações para os locais mais afetados”, explica Sílvio Pinheiro, subcoordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV).
Além das Ovitrampas, Campos também realiza o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), e a integração das duas metodologias tem alcançado precisão de 80% a 90% nas medidas de controle, permitindo ações mais efetivas na remoção de criadouros.
As armadilhas utilizadas são vasos pretos com água e levedura de cerveja, que atraem as fêmeas do mosquito para a deposição dos ovos. Os dados coletados são registrados no aplicativo Conta Ovos, facilitando a análise das informações e a tomada de decisões estratégicas.
Os resultados são compartilhados com a Secretaria de Estado de Saúde (SES/RJ) e o Ministério da Saúde (MS), fortalecendo a cooperação entre diferentes esferas de governo no combate às arboviroses. O próximo estudo está programado para abril, reforçando o compromisso do município no enfrentamento do problema.