Economia fluminense cresce 3,9% em 2024 e supera média nacional, aponta Firjan
O Produto Interno Bruto (PIB) do estado do Rio de Janeiro registrou alta de 0,6% no quarto trimestre de 2024, em relação ao trimestre anterior, consolidando um avanço acumulado de 3,9% no ano — resultado superior à média nacional, de 3,4%. Os dados são da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que celebrou o desempenho como um importante sinal de retomada após uma década marcada por retrações, que somaram 5,4%.
O PIB fluminense atingiu a marca de R$ 1,3 trilhão, um patamar histórico que simboliza a recuperação econômica em curso. A Firjan destaca que esse crescimento contínuo, com quatro trimestres consecutivos de avanço, representa um respiro importante para o estado, especialmente após anos de crise econômica.
De acordo com o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, o principal motor da retomada foi o setor de serviços, que responde por 51% da economia estadual. Em 2024, o segmento cresceu 4,3%, impulsionado pela elevação da renda real e pela queda da taxa de desemprego, que fechou o ano em 8,2%, o menor índice dos últimos anos.
Apesar do otimismo, a entidade alerta para os desafios previstos em 2025. A projeção é de um crescimento de 2,6%, mas a manutenção desse ritmo dependerá da superação de obstáculos como os juros elevados e a política econômica restritiva, voltada para o controle da inflação. Esses fatores, segundo o economista-chefe da Firjan, Jonathas Goulart, podem frear o avanço da indústria de transformação, embora haja boas perspectivas para a indústria extrativa e a construção civil.
A Firjan reforça que a confiança empresarial, a estabilidade fiscal e a continuidade na recuperação do emprego serão determinantes para sustentar o crescimento. Em um cenário de incertezas geopolíticas e tensão no comércio internacional, o equilíbrio das contas públicas é visto como essencial para atrair investimentos e manter a inflação sob controle.
Ainda assim, projetos voltados ao setor de serviços, como eventos internacionais e programas habitacionais, prometem manter o dinamismo da economia fluminense, que busca se firmar como um polo competitivo e resiliente após um período de profundas adversidades.