Maio Amarelo em Campos alerta para os riscos no trânsito e reforça importância da responsabilidade coletiva
O município de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, intensificou neste mês as ações da campanha Maio Amarelo, reforçando o alerta sobre a importância de práticas seguras no trânsito. Com o tema “Desacelere: seu bem maior é a vida”, a cidade busca mobilizar motoristas, pedestres e motociclistas diante de um cenário preocupante: somente entre janeiro e abril deste ano, o Hospital Ferreira Machado (HFM) registrou 1.477 atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito, sendo os motociclistas a maioria dos casos e óbitos.
Segundo o superintendente do HFM, Guilherme Ribeiro, a imprudência ainda é a principal causa das ocorrências. Ele destaca que ações simples, como o uso de capacete, o respeito aos sinais e a moderação na velocidade, são essenciais para evitar tragédias. A história do jovem Gabriel Corrêa, que ficou dois meses internado após um grave acidente de moto, ilustra como o impacto da imprudência pode ser devastador — e como o aprendizado após a recuperação pode transformar atitudes no trânsito.
Diante desses dados alarmantes, a Prefeitura de Campos, em conjunto com o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), vem investindo em medidas preventivas, como faixas exclusivas para estacionamento e áreas específicas para parada de motociclistas nos semáforos. O presidente do IMTT, Álvaro Oliveira, ressalta que, apesar das melhorias na infraestrutura, a mudança de comportamento individual é indispensável: “A cidade avança em segurança viária, mas nada substitui a responsabilidade de cada cidadão”, afirma.
Outro efeito colateral do aumento de acidentes é a crescente demanda por doações de sangue. O Hemocentro Regional de Campos reforçou o apelo à população para manter os estoques abastecidos, especialmente em maio, quando o número de atendimentos a vítimas costuma aumentar.
A campanha Maio Amarelo em Campos, além de alertar para os riscos diários no trânsito, convida a sociedade a assumir um papel ativo na preservação da vida, com atitudes responsáveis, cooperação coletiva e empatia — valores que podem transformar a mobilidade urbana em um espaço mais seguro para todos.