Rede Kastel de Hotéis adota jardins da histórica Praça da Inconfidência
Empresa é a primeira a aderir ao projeto Jardins Imperiais e já iniciou transformação da área
A Rede Kastel de Hotéis é a primeira empresa a adotar um espaço público em Petrópolis no projeto “Jardins Imperiais” e é um local emblemático na história e cultura da cidade: a Praça da Inconfidência inaugurada há 91 anos. Na área estão ainda duas das construções históricas e tombadas que são a Igreja do Rosário, inaugurada há 139 anos e o Mercado Municipal que completou 118 anos. A cerimônia que celebrou a adesão ao projeto, uma parceria público-privada, foi realizada nesta quarta-feira (07) pela manhã com visita ao espaço que já recebeu melhorias da Rede Kastel. O lançamento do projeto teve a presença do prefeito Rubens Bomtempo e o CEO da Rede Kastel, Felipe Almeida.
O complexo arquitetônico é ornado pela praça que, agora, vai ter a manutenção feita pela rede que administra o Grão Pará, hotel que fica localizado na área e é referência no receptivo do turismo corporativo em Petrópolis. O próprio hotel também está em um prédio centenário, tombado pelo Patrimônio Histórico e reformado recentemente funcionando como hotel 4 estrelas.
Ao participar do projeto como pioneira, a Rede Kastel quer inspirar outras empresas a aderirem ao programa. Mais, do que isso, a empresa vislumbrou com o Jardins Imperiais a oportunidade de ser fazer mais presente na vida da comunidade, cuidando de um patrimônio que é de todos.
“É um cuidado não apenas para o hóspede que entra no hotel passando pela praça e encontrando uma área bem preservada, mas também para o cidadão que frequenta o local, que faz compras na região, que vai à igreja. É bom para todos no sentindo de compartilharmos esse espaço da melhor forma e ajudando em sua preservação. Para nós, da Rede Kastel, nos acende ainda mais o sentimento de pertencimento, de estarmos trabalhando pela cidade e isso envolve a todos os funcionários”, afirma Felipe Almeida, CEO da Rede Kastel.
“Tenho certeza que são exemplos como este, de coparticipação, de cogestão que a gente precisa espalhar por toda a cidade. Estamos tirando do papel e colocando na prática, no campo real, com a certeza que vamos aprender muito com este projeto-piloto que está nascendo hoje para que ele possa ser reproduzido em toda a cidade”, destacou o prefeito Rubens Bomtempo frisando ainda a importância da integração do público e o privado. “É dessa forma que queremos que todo o governo participe e se envolva assim como o terceiro setor e a iniciativa privada, além do cidadão comum e as associações e entidades para a construção de uma cidade melhor”.
Frei Luís Mello, pároco da Igreja do Rosário, abençoou o projeto e seu lançamento observando a importância da praça para a comunidade e todo o entorno. “Agradecemos a Deus em ver nossa praça revitalizada. É sempre bom desejar que se torne um ambiente familiar. A praça é do povo, é da família e de todos nós. Agradecemos a todos os envolvidos para que esse sonho se tornasse realidade”, afirmou.
Projeto segue à risca orientações do Iphan
As plantas cultivadas no local são autorizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e foram sugeridas por um botânico da Fundação Oswaldo Cruz. A meta é preservar de forma exemplar as características de tombamento da praça e entorno. Um jardineiro foi contrato e vem atuando já há algumas semanas com limpeza de canteiros e o plantio de espécies como moreia, lantana rasteira e sálvia vermelha. A manutenção terá o objetivo de ter a praça florida e com plantas saudáveis durante todo o ano. À prefeitura caberá a manutenção de equipamentos urbanos como bancos e lixeiras.
“Muitas vezes, na correria do dia a dia nos passa despercebidos detalhes que fazem da cidade ser tão especial. A igreja, o Mercado Municipal e a própria praça são históricas, estão inseridas na cultura da cidade e nós que estamos aqui neste endereço precisamos ajudar a conservar o local para nós mesmos, para a cidade, para os visitantes, para o comércio do entorno. É um programa que atinge um número expressivo de pessoas que vivem nas proximidades, convivem na região e que se sentirão mais valorizadas”, avalia Fabiano Barros, diretor de vendas da Rede Kastel.
Valorização da região
A reforma do Centro Histórico concluída em 2008 deu novo fôlego e ares à região. De área com degradação e construções fechadas, passou a viver um novo momento impulsionado por investimentos empresariais, como supermercados, novas lojas e o próprio Hotel Grão Pará, aberto em 2013. O Hotel é administrado pela Rede Kastel há quatro anos e hoje possui 38 acomodações depois de uma reforma do centenário prédio que preservou as suas características originais devolvendo à cidade mais um imóvel histórico.
“A própria reforma do Grão Pará e sua recolocação como um estabelecimento de ponta para o turismo receptivo contribuiu para a revitalização da área. É uma soma de esforços do hotel e de outras empresas do entorno que se modernizaram e trouxeram para a região um ambiente mais acolhedor”, afirma Bruno Rodrigues, diretor de operações da Rede Kastel.
A Rede Kastel é uma marca em expansão. A rede soma 11 empreendimentos próprios, com cinco unidades em Petrópolis, quatro em Búzios, uma unidade em Recife e outra em João Pessoa. A rede tem um diferencial que é a não padronização dos hotéis sob sua gestão, mantendo as características e diferenciais de cada empreendimento e sua região, porém com foco em melhoria da gestão e qualidade de investimento. A Rede Kastel, uma empresa nascida em Petrópolis, usa a tecnologia com uma ferramenta para que a estadia de cada hóspede seja única e inesquecível, exatamente como ele idealizou.
Projeto quer atrair mais empresas
A prefeitura mapeou 31 praças que podem ser adotadas por empresas, sendo 14 só no Centro Histórico. Os parceiros terão incentivos fiscais para se tornarem responsáveis pelas áreas além de placas indicativas, também autorizadas pelo Iphan, indicando o patrocínio. Nesta relação estão áreas como as praças Visconde de Mauá (Praça da Águia), da Liberdade, 14 Bis e o Relógio das Flores.
“Assim como nós, as outras empresas que aderirem não estará focadas em benefícios financeiros. Está falando mais alto esse sentimento bom, de ser mais presente na comunidade. Isso não tem preço”, avalia Felipe Almeida.
Marcelo Soares, secretário de Desenvolvimento Econômico, pasta que capitaneia o projeto, aproveitou para anunciar que a prefeitura já tem outras sete empresas interessadas na adoção de jardins. “Estamos em fase final nestes processos e entusiasmados com as empresa abraçando a iniciativa. Quem ganha é a população e o município, em qualidade de vida e a melhoria no ambiente de negócios”, destacou.
O presidente da Câmara de Vereadores, Hingo Hammes, destacou a flexibilização da lei original para tornar mais viável a participação das empresas. “Isso facilitou que os negócios, de todos os portes, se interessassem neste modelo que existe em outras cidades, programa de parceria público-privada que apresenta um retorno imediato para a comunidade”.
O lançamento do programa foi acompanhado por empresários da área de entorno da praça, vereadores e secretários municipais.