Sicomércio reforça necessidade de fiscalização: ambulantes sem licença no Centro Histórico, 16 de Março e ruas adjacentes
O Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis – Sicomércio – solicitou à prefeitura, através de ofício encaminhado para a Secretaria de Segurança e Ordem Pública, reforço na fiscalização dos ambulantes que atuam sem licença nas ruas do Centro Histórico, 16 de março e adjacências. O pedido foi feito após o sindicato receber inúmeras reclamações dos lojistas.
No documento, o Sicomércio ressalta que, nos últimos meses, ficou evidente o aumento do número de ambulantes – supostos vendedores de bala e doces – próximo aos centros comerciais. “É sabido, ainda, que muitos desses vendedores são oriundos de outras cidades, ou seja, não são residentes de Petrópolis. É prática comum dentre esses “vendedores”, a coação de cidadãos, em geral idosos e adolescentes, para que comprem seus produtos através de tons muitas vezes de ameaça”, cita parte do documento.
“Estamos recebendo muitas reclamações no sindicato principalmente porque os próprios clientes reclamam nas lojas sobre a forma como estão sendo coagidos. Esse é um momento importante no processo de recuperação econômica do comércio e a segurança e fiscalização são necessárias para garantir a proximidade dos clientes. Além disso, é importante que as ações sociais sejam reforçadas para ajudar aqueles que estão precisando de auxílio”, afirma o presidente do Sicomércio, Marcelo Fiorini.
O ofício destaca que, para o comércio, o ano foi marcado por muitos prejuízos para diversos negócios por conta das chuvas e, a presença e atuação desses supostos vendedores, aumenta ainda mais o êxodo de clientes. Diante dos fatos, o Sicomércio solicita a criação de instrumento que cadastre e regularize os vendedores, de fato, que vendem seus produtos, muitas vezes artesanais, e não que devem ser confundidos com outros que não possuem a mesma boa intenção; Obrigatoriedade de utilização de crachá ou colete de fácil identificação pelos verdadeiros trabalhadores e verificação de toda documentação fiscal e de fornecimento das mercadorias.
“Sabemos dos diversos problemas de oportunidades que enfrenta o Brasil desde os tempos mais primórdios e acreditamos que parte da solução para esse problema se passa pela criação de empregos formais. Por causa da falta de acesso à educação de qualidade, muitos jovens ficam alheios ao mercado formal e necessitam buscar recursos informais para o sustento de suas casas. À essas pessoas, nos solidarizamos e cuidamos, junto aos órgãos responsáveis que tanto atuam para acolher e capacitar quem precisa promovendo oportunidades de inserção no mercado de trabalho de todo o município. No entanto, já tivemos casos desses vendedores praticando furtos, ameaçando e coagindo”, relata o documento enviado à prefeitura. Outra preocupação é com relação a supostos casos de exploração infantil, já que é possível observar, também, o aumento no número de crianças realizando vendas no Centro da cidade.
“O Sicomércio, juntamente com lojistas de polos importantes para o comércio da cidade, como Rua Teresa e 16 de Março acredita que, com as medidas assertivas, a cidade valoriza aqueles que, de fato, produzem e geram renda para as suas famílias e também para a comunidade”, confirma Fiorini.
No ofício, o sindicato se compromete a lançar diversas campanhas educativas para que os funcionários e toda a população comprem produtos dos vendedores credenciados.