Chuvas e atraso na decoração impactam e geram prejuízos para o Turismo e Comércio em Petrópolis
“Tínhamos como data de início 30 de novembro e mais de 15 dias depois alguns atrativos ainda estavam sendo montados. Isso faz com que a cidade perca a credibilidade diante das operadoras de turismo e isso vai se refletir nos próximos anos”, diz Germano Valente, presidente do SindTurismo – Petrópolis.
Ele aponta também algumas falhas com relação ao Palácio de Cristal, como as goteiras que foram registradas na chuva de 12 de dezembro. “Sem contar no formato da festa, que está sendo alvo de reclamações, uma vez que a experiência com as barracas dentro do espaço, como ocorre na Bauernfest, acaba sendo mais interessante para o turista que quer ficar sentado, curtindo o evento e a gastronomia local”, destaca.
Outro ponto que tem gerado preocupação para o setor é a questão das chuvas. Desde a tragédia de fevereiro, hotéis e pousadas têm lidado com desistências em dias de previsão de chuva para a cidade. “Precisamos de medidas efetivas para que o turista volte a se sentir seguro em Petrópolis. Essa é a saída que teremos para que possamos manter o movimento na baixa temporada e sem gerar demissões expressivas que impactem no desenvolvimento da cidade que já sofreu as consequências da pandemia e de duas tragédias consecutivas”, afirma.
Bianda Ghidini, gerente do Grande Hotel, no Centro da cidade, é uma das hoteleiras que tem sofrido com as constantes desistências desde o início de dezembro. “A ocupação está consideravelmente abaixo do esperado, principalmente comparando ao histórico do Natal Imperial dos últimos anos. Estamos bem assustados”, comenta.
Para o Comércio, o Natal também é o período mais esperado do ano. Segundo Marcelo Fiorini, presidente do Sicomércio, em 2022 ainda mais, uma vez que o setor está em um processo de recuperação econômica após as chuvas de fevereiro e a pandemia. “Os empresários se prepararam para a época, mas o excesso de chuva, que vem ocorrendo, tem atrapalhado muito o movimento. Ainda assim, esperamos que agora na reta final, as tradicionais compras sejam intensificadas”, diz.
Fiorini reforça ainda um pedido aos petropolitanos para que comprem e prestigiem o comércio local. “Assim nos ajudam a fortalecer a economia petropolitana, não esquecendo que o comércio local é o principal responsável pelo emprego e renda de muitas famílias petropolitanas”, conclui.