Fim de ano: Identificação de animais facilita localização em caso de fuga
Microchipagem é obrigatória em caso de viagens internacionais
Para tutores conscientes e preocupados com a guarda responsável, o fim de ano sempre traz apreensão devido a fogos, trovoadas, viagens e comemorações. Fatores que podem favorecer a fuga de cães e gatos estressados, assustados e desorientados com barulhos estrondosos, ausência do dono ou oportunidade no portão aberto com o entra e sai de pessoas nas residências. A fim de facilitar a localização de possíveis pets desaparecidos, especialistas orientam que animais domésticos tenham coleira com placa de identificação, com nome do peludo e telefone para contato. Para proteger o peludo vale tudo, até mesmo escrever estas informações à caneta na coleira dos bichinhos, caso não se possa fazer a placa.
De acordo com a protetora Mariana Davies, a coleira e plaquinha de identificação faz com que as pessoas se mobilizem mais para ajudar os animais perdidos. “Quando as pessoas na rua vêem um animal supostamente perdido de coleira e plaquinha, com certeza, invariavelmente, vão parar para tentar ajudar porque logo vão pensar que tem um tutor ou dono. Quando não tem plaquinha e coleira, as pessoas acham que é animal sem solução e ficam com medo de se envolver”, salienta.
Para a jornalista Luciane Fortunatto, a plaquinha facilitou muito a localização de um animal encontrado, na Montecaseros.
“Havia um vira-lata preto andando entre os carros e eu vi que havia coleira e placa de identificação. Apesar de estar sem bateria no celular no momento, segurei o cachorrinho e fui até um mercado local e pedi para usar o telefone a fim de localizar o tutor. O comerciante logo se sensibilizou e deixamos recado na caixa postal do número que prontamente ligou de volta. A tutora que estava acamada, em seguida, enviou um vizinho para buscar o bichinho”, relata.
Outra técnica de identificação é a microchipagem. Muito difundida e pré-requisito para viagens internacionais com os animais, o método eletrônico baseia-se em um pequeno circuito (micro chip + antena), que envia sinal por meio de radiofrequência para uma leitora.
O equipamento codifica e apresenta essa mensagem em forma de números, utilizando a tecnologia FDX-B. Esse número é único e intransferível, ou seja, ficará com aquele animal para sempre. “O microchip deve ser cadastrado no site www.animalltag.com. Para cães e gatos, a implantação do material encapsulado e biocompatível é feita na região do dorso, entre as escápulas.
O procedimento é muito parecido com qualquer tipo de injeção subcutânea, como as vacinas e medicamentos injetáveis. A grande maioria dos animais não demonstra qualquer desconforto”, explica a médica veterinária Laura Granato, que atende na Clínica Amigo Bicho, em Petrópolis.
Além do cadastro do animal com foto, o site inclui registro do tutor, vacinas, medicamentos, consultas, exames, entre outros. O microchip esterilizado e certificado pelas normas internacionais ISO 11784 e ISO 11785, vem com aplicador descartável, agulha e uma medalha de identificação que brilha no escuro, com QR Code, cuja leitura pode ser feita por qualquer celular sem necessidade de aplicativo específico, a ser adicionada à coleira.
O material faz toda a diferença quando se trata em trazer o bichinho de volta para casa. ”A microchipagem ajuda porque quando o animal é resgatado e é submetido à leitora, surge o número de cadastro. Com esse número digitado no site, aparecem todos os dados registrados, facilitando o reencontro do animal com o tutor”, acrescenta Laura.
Foto: divulgação