Petrópolis celebra boa fase no futebol regional
Roberto Márcio
Especial para o Rjpost
Petrópolis ganhou dois clubes de futebol profissional só em 2022 e com isso passou a ter três, um número considerado alto para os padrões do Rio de Janeiro. Afinal, não é comum entre os mais de 90 municípios do estado possuem tantos times de futebol. Ea temporada poderá ser marcante em uma eventual conquista do título do Campeonato Estadual da Série B-1: o Serrano vive ótima fase na competição.
O Vera Cruz, um pequeno clube situado na localidade do Moinho Preto, no bairro Mosela, tomou uma decisão radical: deixou de ser um acanhado clube de futebol amador para apostar no profissional. A união de sua diretoria e todo um esforço para revolucionar o azul e branco se concretizou com a oficialização de sua inscrição na Federação de Futebol do Rio.
Ao disputar a Série C – na prática a quinta divisão -, o Vera Cruz ficou longe do título – terminou a primeira fase em nono lugar entre 13 times, somou 11 pontos com a modéstia campanha de três vitórias, dois empates e sete derrotas. Apesar disso, a sua diretoria considerou o saldo positivo e já se garantiu para 2023 disputar novamente a competição. O detalhe é que a filosofia de trabalho é apoiada em usar apenas jogadores da região.
Já o Petrópolis, que neste ano jogou o Campeonato Estadual da Série A2 como Gonçalense, não começou tãao mal assim seu primeiro ano na Cidade Imperial. Adquirido pelo empresário e também técnico de futebol, Alan Pascoal, junto à antiga diretoria da agremiação da Região Metropolitana, já para 2023 só se chamará Petrópolis FC. Nesta temporada, foi o qwuarto colocado na A2 e terceiro na Copa Rio.
Quem está com a bola toda e no caminho certo na busca de um título, o Serrano vê a possibilidade bem real de quebrar uma escrita de 23 anos sem ganhar um título. Em 2016, a bola bateu na trave, quando o time jogou a decisão do Campeonato Estadual da Série C e terminou a competição sendo vice do São Gonçalo. Nesta quarta-feira, a equipe da Cidade Imperial joga contra o Paduano, às três da tarde em Moça Bonita em rodada extra da B-1.
Com 16 pontos, o Serrano ocupa a vice-liderança, sendo superado apenas pelo Araruama, que tem 18, mas com um jogo a mais em relação ao Leão da Serra. E após este jogo, o time petropolitano terá ainda mais três até o final da Taça Maracanã (primeiro turno), sendo que dois jogos fora de casa (Serra Macaense e Pérolas Negras) e um no estádio Atílio Marotti, contra o Campo Grande.
O futebol do Serrano é gerido pela Interfut desde 2000. A empresa que tem como gestor Kleber Leite Filho, primogênito do famoso repórter de campo da Globo e empresário bem sucedido, conseguiu neste terceiro ano de 10 anos de contrato com o clube os melhores resultados no profissional e nas divisões de base. A pretensão ée levar a equipe ao Campeonato Carioca em poucos anos.
A cidade também tem jogadores que ajudam a divulgar a imagem de ser grande reveladora de talentos. O maior deles é Luíz Henrique, hoje tiotular do Real Betis, da Espanha; o petropolitano, destaque do Fluminense, é um dos melhores já vistos na história do município. Rafael Silva, do Botafogo e Gabriel Pec, do Vasco, são os demais que começaram em gramados petropolitanos.
No amador, a Liga Petropolitana de Desportos comemora a realização de seus campeonatos em uma temporada onde pôs em prática um calendário anual, que prevê competições não apenas de futebol, mas outras modalidades, durante todo o ano.