A despedida de um dos maiores gênios da rádio brasileira: Gilson Ricardo, filho de Petrópolis, deixa um legado para nova geração da comunicação
Considerado um dos maiores nomes da rádio brasileira, o petropolitano Gilson Ricardo não conseguiu superar um adversário que há tempos vinha atormentando-o: o coração. Após sofrer dois enfartes, ele fez no domingo passado seu último programa pela Rádio Tupi, onde depois foi para casa, passou mal e veio a falecer por volta das 23 horas. Aos 74 anos, “Gilsão” – como era conhecido pelos amigos, deixou a vida para virar um mito.
A vida de Gilson Ricardo, ou melhor, Gilson Borsato era um menino que aos 20 anos realizou o sonho de se tornar comunicador. A oportunidade veio na Rádio Difusora, onde aos poucos foi se afirmando graças à alegria com que se comunicava com o público, reportagens incríveis na época em que Petrópolis vivia a era dourada do rádio, na década de 60; em seguida, acabou sendo contratado pela Rádio Imperial, onde permaneceu por três anos até buscar a sorte no Rio de Janeiro.
Na Rádio Globo, Gilson Ricardo se apresentou ao mundo. Foram 35 anos dedicados integralmente à empresa, para depois pular fora e andar por outros veículos como Rádio Bradesco e a Rádio Tupi, onde até domingo passado fazia seu programa. Flamenguista doente, costumava dizer também que torcida pelo Internacional, o simpático clube amador do Alto da Serra, onde viveu a infância. Como comentarista, trabalhou com os melhores de sua categoria no Rio de Janeiro e sua despedida não passou despercebida em sua terra natal.
“O Gilson Ricardo era o maior de todos. Excelente repórter, brilhante comentarista e um amigo para toda hora. Quando vinha a Petrópolis, costumava reunir os amigos das antigas para aquele velho bate papo. Vou sentir falta das nossas resenhas”, lamentou Alfredo Buarque, de 71 anos, que conviveu com “Gilsão” na juventude. Já seus companheiros de rádio, José Carlos Araújo – com quem dividiu o microfone por décadas na Globo – fez várias homenagens a ele; Gérson, o “Canhotinha de Ouro” e Dé Aranha, ambos ex-jogadores e comentaristas, deixaram mensagem de saudação para o comunicador de Petrópolis.
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