Ação integrada com múltiplas secretarias no combate ao Aedes aegypti
Preocupação vem em decorrência do número alarmante de casos de dengue em Campos
Avançar no direcionamento da conscientização de toda a sociedade civil organizada e unir forças junto às secretarias para ações integradas no combate ao Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Nesse sentido, o secretário de Saúde, Paulo Hirano, por determinação do prefeito Wladimir Garotinho e do vice Frederico Paes, esteve reunido com vários secretários e representantes de diversas pastas, para traçar estratégias, a fim de combater, principalmente, os focos do mosquito.
O encontro aconteceu nesta segunda-feira, no auditório da Prefeitura.
A preocupação em se criar uma ação conjugada com vários setores do município vem em decorrência do número alto de casos de dengue em Campos. Apenas neste mês foram confirmados 60 casos da doença, além do último Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 2 e 7 de janeiro, apontar Índice de Infestação Predial (IIP) de 5,2%. O preconizado pelo Ministério da Saúde é de índice menor que 1%.
A razão de estarmos aqui hoje é para darmos um pontapé inicial, para que possamos mobilizar todas as secretarias e unirmos forças contra o mosquito. Será uma ação de governo e é importante que todos participem dentro das condições e potencialidades de cada pasta, para uma melhor resolutividade. É importante que tenhamos sucesso nessas ações, de forma que a gente possa intervir na evolução de uma provável epidemia de dengue no nosso município”, alertou o secretário.
Uma nova reunião para definir os últimos detalhes para o primeiro grande mutirão está marcada para a próxima sexta-feira. A princípio, o início das ações será em Travessão, onde foram identificados vários pontos de infestação de ovos do Aedes.
“Temos que fazer, mais uma vez, um movimento conjugado de toda nossa sociedade civil. Vamos precisar muito da nossa população nessas ações porque, eu repito, 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências. Então, é preciso que cada um assuma essa responsabilidade e cuide do seu imóvel”, recomendou Hirano.
O secretário mencionou que o processo dos mutirões será comandado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). “O grande gancho é a prevenção. É encontrar e acabar com esses focos. É conscientizar a população para que ela não permita que novos focos apareçam no seu imóvel e, com isso, todos estarão protegidos”.
A subsecretária de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), Rita Abreu, reforçou as palavras de Paulo Hirano. “Agora é planejar e executar. Coloco à disposição os nossos 57 mil agentes, que são os nossos alunos das escolas municipais, porque eles são os agentes de transmissão e quando temos um projeto pautado, meios e dados a serem trabalhados, esses estudantes e suas famílias passam a fazer parte de todo o processo”.
Foto: César Ferreira