Audiência Pública em Búzios debate impactos ambientais do Projeto Raia na Bacia de Campos
Atendendo a um pedido da Prefeitura de Búzios, por meio da Secretaria do Ambiente e Urbanismo, a empresa internacional de energia Equinor promoveu uma Audiência Pública no Hotel Atlântico Búzios, com o objetivo de esclarecer os possíveis impactos ambientais da produção de óleo e gás no Bloco MM-C-33, integrante do Projeto Raia, situado no pré-sal da Bacia de Campos, a cerca de 175 km da costa buziana.
A preocupação com a proximidade do empreendimento de áreas de conservação ambiental do município motivou a realização do encontro. Durante a audiência, o secretário de Ambiente e Urbanismo, Evanildo Nascimento, destacou a importância da participação popular no debate. Ele também apresentou resultados da II Conferência Municipal de Meio Ambiente de 2024, incluindo a proposta de criação de uma brigada de emergência treinada por empresas do setor, como a Petrobras. “Estamos em uma região sensível e que depende economicamente do mar. Qualquer acidente pode ter consequências irreversíveis”, alertou o secretário, defendendo também a instalação de um Centro de Defesa Ambiental (CDA) em Búzios.
A audiência reuniu autoridades civis, representantes de municípios vizinhos e comunidades tradicionais, incluindo pescadores artesanais e marisqueiras, diretamente afetados por qualquer alteração no ecossistema marinho. A Secretaria de Pesca de Búzios reforçou a importância de garantir que esses trabalhadores tenham suas preocupações ouvidas e consideradas no processo de tomada de decisões.
A Prefeitura de Búzios reafirmou seu compromisso com a proteção do meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável. Segundo a administração municipal, o equilíbrio entre crescimento econômico e conservação ambiental só será possível com a colaboração efetiva entre Equinor, Petrobras e demais stakeholders, garantindo segurança para a população e preservação dos recursos naturais.
A audiência foi considerada um importante espaço de diálogo democrático, onde os riscos, as medidas mitigadoras e as oportunidades de convivência entre a atividade petrolífera e a conservação ambiental foram debatidos com transparência e participação popular.