Conflito no transporte público de Petrópolis é temporariamente resolvido com acordo entre Petro Ita e Sindicato dos Rodoviários

Após intensas negociações, a paralisação dos trabalhadores da Petro Ita, programada para iniciar na madrugada desta quinta-feira, foi suspensa. O acordo foi possível graças ao compromisso da empresa com o pagamento em atraso dos salários, que deverá ser efetuado até a próxima segunda-feira, dois de setembro.

Diogo Cezar Esteves de Araújo, presidente da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (Cptrans), também esteve presente nas negociações e se comprometeu a realizar o pagamento do Vale Escola, quantia destinada às empresas de transporte em razão das gratuidades escolares, até o dia cinco de setembro.
Glauco da Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis (Sind. Rodoviários), reafirmou que a função do sindicato é a defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores, especialmente neste momento delicado em que a Petro Ita enfrenta dificuldades financeiras e está em recuperação judicial. “Nossa prioridade é proteger o trabalhador e garantir que o lado mais forte não passe por cima dos direitos conquistados”, declarou Costa.

O clima de tensão aumentou nas semanas anteriores à decisão, com o sindicato enviando ofícios à Petro Ita alertando sobre a iminente paralisação em decorrência dos atrasos nos pagamentos do adiantamento salarial e do vale-refeição. Essa situação comprometia a subsistência das famílias dos trabalhadores. Acompanhando a situação de perto, a Cptrans foi informada sobre as ações programadas, evidenciando o compromisso do sindicato em evitar transtornos à população.

Ainda que o acordo tenha trazido um respiro temporário à crise do transporte público em Petrópolis, o Sindicato dos Rodoviários continua em alerta. Glauco da Costa garantiu que a entidade se manterá vigilante e pronta para agir em defesa dos trabalhadores, caso novos atrasos ocorram. “Nossa luta é constante e estamos sempre prontos para dialogar, mas nunca aceitaremos que os direitos dos rodoviários sejam desrespeitados”, concluiu.

A suspensão da paralisação, embora alivie a situação no transporte público, ressalta a necessidade urgente de soluções sustentáveis que garantam não apenas o funcionamento regular dos serviços, mas também a proteção dos direitos dos trabalhadores. O futuro do transporte em Petrópolis parece depender de um diálogo contínuo e de um comprometimento real de todas as partes envolvidas. A população e os trabalhadores aguardam ansiosamente por medidas que assegurem a regularidade do serviço e a dignidade no ambiente de trabalho.