Conflitos no Oriente Médio elevam alerta da Firjan sobre impacto no setor de petróleo e energia
A escalada de tensões no Oriente Médio, com destaque para a ameaça do Irã de fechar o Estreito de Ormuz, tem gerado crescente preocupação no mercado internacional de petróleo. A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) alerta que uma eventual interrupção no tráfego marítimo da região pode gerar impactos profundos na cadeia produtiva global, elevando os custos de produção e pressionando os preços dos derivados de petróleo em diversos setores industriais.
Karine Fragoso, gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, destacou a importância estratégica do estreito, por onde transita uma parcela significativa do fornecimento global de petróleo. Segundo ela, qualquer instabilidade na região tende a afetar diretamente os custos energéticos e operacionais das indústrias, sobretudo em um cenário já pressionado pela busca por matrizes energéticas mais limpas e sustentáveis.
No Brasil, os reflexos podem ser sentidos com maior intensidade. A dependência de importações, tanto de energia quanto de equipamentos, torna o país vulnerável a oscilações internacionais, dificultando o controle sobre os preços internos e agravando os custos industriais. Esse contexto acentua os desafios econômicos e reforça a necessidade de ampliar a segurança energética nacional.
Frente a esse cenário, a Firjan defende a adoção de políticas robustas de fortalecimento da indústria nacional do petróleo. O Anuário do Petróleo no Rio 2025, divulgado recentemente, aponta que o Brasil dispõe de reservas estimadas para apenas pouco mais de 13 anos de exploração. A federação recomenda a intensificação dos investimentos em regiões como a Margem Equatorial e a Bacia de Pelotas, além da modernização do parque de refino e incentivo à exploração de campos maduros.
A entidade reforça que ampliar a capacidade de produção e refino é essencial para garantir estabilidade de preços e segurança energética, posicionando o Brasil de forma mais competitiva e protegida diante das instabilidades geopolíticas globais.