Construção civil fecha 2024 com saldo positivo de 100 mil novos empregos

A indústria da construção civil no Brasil encerrou o ano de 2024 com a criação de 100.921 novos postos de trabalho, um crescimento de 4,04% em relação ao saldo do setor em 2023. O resultado positivo foi registrado apesar da queda de 89.673 empregos em dezembro, quando o número de trabalhadores caiu 3,04% em comparação com novembro.

Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 30 de janeiro. No total, a economia brasileira registrou um saldo negativo de 535.547 empregos fechados em dezembro, refletindo a sazonalidade do período.

O presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan, explica que a queda no setor da construção se deve, principalmente, a trabalhadores que pedem demissão para retornar às suas cidades de origem durante o fim do ano. “Normalmente, as admissões voltam a superar as demissões nos primeiros meses do ano, em função da continuidade das obras em andamento e do início de novas obras contratadas”, destacou.

Saldo por setores e estados

Todos os principais setores da economia fecharam postos de trabalho em dezembro:

  • Serviços: -257.703
  • Indústria: -116.422
  • Agropecuária: -46.672
  • Comércio: -25.084

Nas atividades imobiliárias do setor de serviços (incorporação imobiliária), 609 empregos foram fechados em dezembro (-0,30%), mas o saldo acumulado em 2024 foi positivo, com 6.390 novas vagas criadas (+3,30%).

Ao final de dezembro, o setor da construção empregava 2.858.990 trabalhadores com carteira assinada em todo o país.

Os estados que mais registraram queda de empregos na construção foram:

  • São Paulo: -17.528
  • Minas Gerais: -12.523
  • Mato Grosso: -5.950
  • Paraná: -5.936
  • Bahia: -5.829
  • Santa Catarina: -5.772
  • Rio de Janeiro: -5.241
  • Pará: -5.003

Apesar da retração em dezembro, o saldo positivo ao longo de 2024 reforça a importância do setor da construção civil para a geração de empregos formais no país, com expectativas de retomada já nos primeiros meses de 2025.