Crescimento da economia fluminense se destaca no 3º trimestre de 2023

De acordo com um levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a economia do estado do Rio de Janeiro cresceu 2,4% no 3º trimestre de 2023. Esse percentual significativo superou em muito o avanço nacional, que registrou um leve crescimento de 0,1%. O resultado representa um marco na atividade econômica fluminense, sendo o maior desde que a federação começou a registrar esses dados em 2003. O PIB do estado teve um aumento de 5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, enfatizou que o crescimento econômico do Rio está principalmente centrado no setor de Serviços, além da indústria extrativa e da construção. Ele destaca que, apesar dos desafios que se aproximam no próximo ano, a previsão é de um crescimento da economia fluminense de 2,6%, superior à estimativa para a economia nacional (+1,5%).

O setor de Serviços, que representa mais da metade do PIB do estado, registrou um crescimento de 4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento é reflexo de melhorias no mercado de trabalho, renda, desaceleração da inflação e benefícios sociais.

A indústria cresceu 5,9%, impulsionada pela indústria extrativa (10%) e pela construção civil. A expansão de 6,8% na construção civil foi principalmente devido às obras de infraestrutura, tornando-se o maior empregador da economia fluminense no terceiro trimestre, com a criação de 9.356 postos de trabalho.

Por outro lado, a indústria de transformação teve uma retração de 1,9%, mas o aumento na produção de derivados de petróleo e biocombustíveis impediu uma queda maior desse segmento.

Apesar do baixo desempenho da indústria, a economia fluminense deve manter números expressivos no último trimestre de 2023, prevendo um encerramento do ano com uma taxa de 3,4%, superando a média nacional (3%).

Entretanto, para 2024, espera-se um cenário de incerteza e instabilidade, influenciado pela situação internacional e fatores como a fragmentação da economia global, a política monetária dos grandes bancos centrais e o crescimento da economia chinesa, que devem impactar as economias brasileira e fluminense.

Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan, alerta para o cenário nacional, onde apesar da tendência mais favorável da inflação e das expectativas mais moderadas, a manutenção de altas taxas de juros em 2024 pode impactar negativamente nos negócios e investimentos, necessitando de cautela e atenção aos aspectos fiscais para manter a trajetória econômica do país.