Crescimento do PIB do Rio de Janeiro é impulsionado pelo setor de Serviços, destaca estudo da Firjan
Segundo dados divulgados pela Firjan (link), o Produto Interno Bruto (PIB) do estado do Rio de Janeiro apresentou um crescimento significativo de 5,2% no primeiro trimestre de 2023 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado leva em consideração o desempenho e a relevância dos setores na economia fluminense. De acordo com a pesquisa realizada pela federação, o avanço do setor de Serviços foi o principal responsável pela variação positiva do PIB, registrando um crescimento de 5,4%, impulsionado principalmente pela atividade de transporte.
A indústria fluminense também apresentou um desempenho sólido, com alta de 4%. A Firjan destaca que o setor industrial atingiu o seu nível mais elevado dos últimos 20 anos, de acordo com os dados históricos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse crescimento foi influenciado principalmente pela indústria extrativa, que possui uma participação de 53,8% na produção industrial do estado e registrou um aumento de 3%. O estudo ressalta que esse resultado se deve ao aumento da produção de óleo e gás, impulsionado pela abertura de oito novos poços na Bacia de Campos.
No que diz respeito à indústria de transformação, que representa 24% da produção industrial fluminense, o crescimento foi ainda mais expressivo, alcançando 7,4%. Já o setor da construção civil, com uma participação de 12% na indústria, registrou uma alta de 5,3%. No entanto, apesar dos resultados positivos, os níveis de produção desses dois segmentos ainda estão abaixo do seu potencial máximo. A Firjan destaca que, além das questões internacionais, fatores como a alta taxa de juros, a desaceleração do mercado de crédito e as incertezas relacionadas ao novo arcabouço fiscal têm prejudicado o desenvolvimento de diversos setores da economia.
Para o ano de 2023, a projeção da Firjan indica um crescimento de 1,6% para o PIB fluminense. A federação considera que o desempenho do setor de Serviços, apesar de ter influenciado fortemente o resultado do primeiro trimestre em comparação ao mesmo período de 2022, deve desacelerar no segundo semestre devido aos efeitos defasados do aumento da taxa de juros sobre a atividade econômica.