Crise na coleta de lixo em Petrópolis: Câmara Municipal pressiona por soluções urgentes

Na última sexta-feira (13), a Câmara Municipal de Petrópolis realizou uma reunião para debater a crise que afeta a coleta de lixo no município, problema que vem causando transtornos significativos à população. O encontro contou com a presença dos vereadores Domingos Protetor, Júlia Casamasso e Mauro Peralta, além do presidente da COMDEP (Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis), Anderson Fragoso, e do secretário da SSSOP (Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública), Elias Cabral da Ponte Montes.

Segundo Anderson Fragoso, o problema teve início em novembro, quando a empresa Força Ambiental, responsável pelo recebimento dos resíduos, reduziu suas operações devido a uma dívida acumulada. Apesar do pagamento de R$ 800 mil referente aos meses de outubro e novembro, a empresa não justificou a interrupção dos serviços. Essa paralisação parcial resultou em caminhões de coleta enfrentando longas filas para descarregar no aterro, o que comprometeu a execução das rotas e agravou o acúmulo de resíduos na cidade.

A COMDEP notificou a Força Ambiental extrajudicialmente, exigindo a retomada dos serviços em 24 horas, sob pena de multa. No entanto, a paralisação se estendeu por mais de três semanas, levando o caso ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que estipulou um prazo de 10 dias para a normalização dos serviços.

Ações Emergenciais

Para amenizar os impactos, a COMDEP implementou uma força-tarefa emergencial, realocando caminhões de outras regiões para atender os bairros mais afetados. Atualmente, Petrópolis possui dois contratos em vigor:

  1. AMi3: Locação de caminhões e motoristas.
  2. Força Ambiental: Recebimento dos resíduos no aterro sanitário.

Fragoso também esclareceu que a transferência de lixo para Três Rios foi determinada judicialmente e não partiu da COMDEP. Ele garantiu que, apesar dos atrasos nos pagamentos, a prioridade tem sido a manutenção dos serviços essenciais.

O vereador Domingos Protetor criticou duramente a gestão da COMDEP, destacando que a força-tarefa não tem apresentado resultados satisfatórios e que o caos sanitário persiste em diversos bairros. “A prefeitura não tem respondido às nossas cobranças, e a situação só piora com o fechamento do transbordo na BR-40 e a terceirização mal planejada do serviço.”

Protetor anunciou que encaminhará o caso ao Ministério Público, cobrando ações contra a COMDEP e o prefeito, diante do que classificou como má gestão.

Impactos e Próximos Passos

A crise na coleta de lixo em Petrópolis não é apenas um problema operacional, mas também uma questão de saúde pública. A irregularidade na coleta compromete o bem-estar da população e aumenta o risco de proliferação de doenças, especialmente em períodos chuvosos.

A reunião na Câmara expôs a gravidade do problema e reforçou a necessidade de medidas urgentes e efetivas para solucionar a crise. A população, por sua vez, aguarda respostas e ações concretas que possam restabelecer o serviço e evitar que a situação se agrave ainda mais.

A COMDEP e as autoridades municipais enfrentam agora o desafio de implementar soluções rápidas, garantindo que promessas de regularização sejam cumpridas e que a coleta de lixo volte à normalidade, assegurando o bem-estar e a qualidade de vida dos petropolitanos.