Debate sobre o uso ético da inteligência artificial é realizado na UNIFASE
A discussão sobre o uso ético da Inteligência Artificial (IA) ganhou destaque recentemente em Petrópolis, com um evento promovido pela professora Mariza Ferro, do Instituto de Computação da UFF, e pelo professor Gilberto Martins de Almeida, da PUC/RJ, ambos fundadores do Núcleo de Referência em Inteligência Artificial Ética e Confiável. O debate, realizado no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto | Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE|FMP), reuniu alunos, professores e autoridades para refletir sobre os impactos da tecnologia no futuro da sociedade.
A reitora da UNIFASE, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, abriu a discussão destacando a dualidade do uso da IA. Ela ressaltou que a tecnologia pode ser tanto uma ferramenta benéfica quanto prejudicial, enfatizando a necessidade de uma abordagem crítica em relação às suas implicações no nosso cotidiano. “É importante ampliarmos a consciência e estarmos antenados com o mundo atual”, afirmou, reforçando a importância de se formar profissionais que compreendam os desafios éticos associados à tecnologia.
A professora Mariza Ferro, durante sua apresentação, alertou para os impactos negativos que a IA pode gerar, como o reforço de preconceitos e a polarização social. Ela propôs que a tecnologia fosse utilizada de forma ética, priorizando princípios como justiça, transparência, privacidade e responsabilidade. Ferro destacou que, apesar dos desafios, a IA tem potencial para promover inclusão social e resolver problemas complexos, tornando crucial um entendimento crítico sobre sua utilização.
O professor Gilberto Martins de Almeida completou a reflexão apontando a necessidade urgente de regulamentação da IA. Ele destacou as iniciativas da ONU em busca de diretrizes globais para a tecnologia e sugeriu que instituições adotem práticas que garantam transparência e rastreabilidade nos dados utilizados por sistemas de IA. Martins enumerou precauções que podem ser tomadas para garantir o uso ético da tecnologia, como a transparência nas ferramentas, a priorização de dados independentes e a implementação de políticas institucionais claras.
O evento foi uma oportunidade para refletir sobre como a sociedade pode moldar o uso da Inteligência Artificial para um futuro mais ético, seguro e justo, contribuindo para o desenvolvimento de uma tecnologia que beneficie a todos de maneira equitativa.