Decisão judicial sobre veto de estádio Atílio Marotti pode prejudicar clubes de Petrópolis
MPRJ pede melhorias na arquibancada principal do estádio Atílio Marotti em processo de veto de jogos com público
A 4ª Vara Cível de Petrópolis irá julgar nesta quarta-feira o mérito de uma ação movida pelo Ministério Público estadual que busca proibir o estádio Atílio Marotti de receber jogos com público. A decisão terá grande impacto nos três clubes que dependem da autorização para jogar em Petrópolis, o Serrano dono do estádio, o Vera Cruz e o Petrópolis-Gonçalense. A Federação de Futebol do Rio (Ferj) também está envolvida no processo.
De acordo com o Ministério Público, o estádio não oferece condições seguras para receber jogos, pois há diversas patologias nas estruturas de concreto armado e as estruturas metálicas estão em mau estado de conservação, com risco iminente de queda das terças que sustentam as telhas.
O Serrano, por outro lado, alega que realizou as mudanças solicitadas pelo MP estadual, incluindo a mais recente concluída no último fim de semana. O presidente do clube reforça que diferentes órgãos públicos autorizaram a realização de partidas oficiais, através de laudos técnicos, e que a arquibancada principal do Atílio Marotti não oferece perigo ao público.
A Ferj também foi acionada pelo MP estadual e enviará representantes para acompanhar o julgamento. Se o veto for confirmado pela justiça, não afetará apenas o Serrano, mas também o Vera Cruz e o Petrópolis-Gonçalense, que têm jogos previstos em Petrópolis.
O MPRJ solicita que o Serrano faça diversas melhorias no estádio, como mais saídas de emergência, iluminação de segurança, apresentação de Plano de Emergência e recuperação de trincas e fissuras. O Juízo determinou multa de R $100 mil em caso de descumprimento da decisão liminar. O Serrano, com o apoio da Interfut, afirma que está trabalhando para cumprir todas as exigências do MP.