Documentário “Cidade Esquecida” emociona e gera reflexão sobre moradores de rua em Petrópolis

No início desta semana, o Cine Humberto Mauro, localizado no Centro de Cultura Raul de Leoni, foi cenário da estreia do documentário “Cidade Esquecida: um documentário sobre os moradores em situação de rua de Petrópolis”. O evento exclusivo para convidados reuniu pessoas sensíveis à temática social e foi marcado por momentos intensos de emoção, especialmente no bate-papo com o Pastor Carlos, que vive nas ruas da cidade há quatro anos.

Histórias que emocionam

O Pastor Carlos, protagonista de uma das histórias retratadas, comoveu a plateia ao compartilhar sua vivência de superação e esperança diante dos desafios diários. Seu relato ecoou profundamente entre os presentes, reforçando a humanidade e a singularidade de cada pessoa em situação de rua.

Com duração de 50 minutos, o documentário aborda temas como conflitos familiares, vulnerabilidade social e a fragilidade dos vínculos afetivos, convidando o público a refletir sobre questões muitas vezes invisíveis. “Estamos aqui para lembrar que cada pessoa tem uma história, e essas histórias merecem ser ouvidas”, declarou Carlos durante o evento.

O projeto é uma criação do diretor Rodolfo Medeiros, que transformou sua percepção diária sobre moradores de rua em um relato audiovisual impactante. Medeiros destacou que o filme não apenas documenta histórias, mas também propõe uma análise sobre as políticas públicas e as ações sociais necessárias para mudar essas realidades.“Este projeto é mais do que um filme; é um chamado à empatia e à responsabilidade social”, afirmou o diretor.

A força do coletivo

A produção contou com uma equipe engajada e meses de pesquisa de campo, explorando diversos bairros de Petrópolis para capturar histórias únicas. Entre os colaboradores estão:

  • Pesquisadores: Leandra Lima, Estar Gastaldo, Mari Manzini e Pedro Daiuto;
  • Assistente de direção: Amanda Leontina;
  • Fotógrafa de set: Mari Marinho;
  • Diretor de fotografia: Hugo Theobald.

A jornalista Marise Simões, responsável pela produção executiva, destacou o trabalho coletivo como essencial para o sucesso do projeto. “Foi uma jornada construída por muitas mãos e corações, que levou meses de dedicação para ser concluída.”

Próximos passos e impacto social

Após a estreia, o documentário terá uma agenda de exibições em escolas, universidades e mostras audiovisuais, ampliando o alcance de sua mensagem. A obra foi contemplada pelo Edital de Produções Audiovisuais da Prefeitura de Petrópolis e recebeu apoio da Lei Paulo Gustavo, reafirmando o papel transformador do cinema.

A equipe do filme compartilha bastidores e novidades no Instagram @cidade.esquecida2024, convidando o público a acompanhar os desdobramentos dessa importante iniciativa.

“Cidade Esquecida” não é apenas um filme, mas uma poderosa ferramenta de conscientização e transformação social, que busca dar voz e visibilidade a histórias que precisam ser contadas.