Economia brasileira cresce 3,4% em 2024, mas desafios estruturais persistem
A economia brasileira registrou um crescimento expressivo de 3,4% em 2024, impulsionado por melhores condições de crédito, um mercado de trabalho aquecido e aumento nos gastos públicos. Os setores de Serviços e Indústria foram os grandes destaques, com avanços de 3,7% e 3,3%, respectivamente. Após dois anos de estagnação, a Indústria de Transformação demonstrou forte recuperação, crescendo 3,8%, enquanto os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo, avançaram 7,3%, refletindo um mercado interno mais dinâmico.
Apesar dos resultados positivos, o Brasil ainda enfrenta desafios estruturais que podem comprometer a sustentabilidade desse crescimento. A taxa de investimento continua baixa, representando apenas 17% do PIB, muito inferior à média de 32% dos países emergentes. Além disso, a inflação persistente aponta para um desequilíbrio entre oferta e demanda, agravado pela baixa produtividade nacional. O novo ciclo de alta da taxa de juros também surge como um obstáculo ao consumo e à produção, ameaçando a continuidade da recuperação econômica.
Diante desse cenário, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) ressalta a necessidade de uma base econômica sólida para garantir um crescimento duradouro. Para Jonathas Goulart, economista-chefe da Firjan, a implementação de uma reforma fiscal robusta é essencial para aprimorar a alocação dos recursos públicos e fomentar um ambiente de negócios mais favorável. “Este é o primeiro passo para a construção de um Estado eficiente, com infraestrutura de qualidade e estabilidade econômica”, destacou.
Assim, embora 2024 traga sinais promissores, o Brasil precisa consolidar esses avanços com reformas estruturais que garantam um crescimento sustentável. A construção de um ambiente econômico mais estável e produtivo é crucial para transformar o desenvolvimento econômico em melhorias concretas na qualidade de vida da população.