Energia mais cara em setembro: Aneel anuncia bandeira vermelha patamar 2 e eleva conta de luz

A tarifa de energia elétrica no Brasil terá bandeira vermelha, patamar 2, em setembro, o que representa um aumento significativo na conta de luz, com um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A medida foi anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira (31) e é resultado da previsão de chuvas escassas, clima seco e temperaturas elevadas, o que levou ao acionamento de usinas termelétricas, que têm custos operacionais mais elevados.

“Esse cenário […] faz com que as termelétricas, que possuem um custo de geração mais alto que as hidrelétricas, sejam acionadas com maior frequência”, explicou a Aneel.

Este é o primeiro acionamento da bandeira vermelha patamar 2 em mais de três anos; a última vez havia sido em agosto de 2021. Desde então, vigorava uma sequência de bandeiras verdes, interrompida apenas em julho de 2024, quando entrou em vigor a bandeira amarela, seguida novamente pela verde em agosto.

As bandeiras tarifárias, introduzidas pela Aneel em 2015, refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN). Essas bandeiras são divididas em níveis – verde, amarela e vermelha (patamares 1 e 2) – e indicam o custo da geração de energia considerando a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o uso de fontes mais caras, como as termelétricas.

Conforme o nível da bandeira, o custo da energia elétrica varia: a bandeira verde não possui acréscimo, enquanto a vermelha representa o custo mais elevado. “As bandeiras tarifárias permitem ao consumidor exercer um papel mais ativo na gestão de sua conta de energia, pois, ao saber do valor adicional antes do início do mês, ele pode adaptar seu consumo”, destacou a Aneel.

Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a agência orienta os consumidores a utilizarem a energia de forma consciente, evitando desperdícios que impactam o meio ambiente e comprometem a sustentabilidade do setor elétrico. “A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais”, acrescentou.