Especial Paraty: Investimentos na cultura transformam a cidade em destaque nacional
Paraty, com seus pouco mais de 42 mil habitantes, tornou-se um verdadeiro polo desenvolvimentista de cultura. Desde os festejos tradicionais que resistem há mais de um século até a renomada Flip, a cidade abraça suas manifestações populares e investe em seu crescimento, tornando-se um dos mais importantes centros produtores de arte e cultura.
Nessa reportagem especial, você vai conhecer de perto as transformações que os últimos governos locais têm implementado no setor cultural. Entrevistamos o secretário de cultura, José Sérgio Barro, conhecido como Zé Sérgio, que compartilhou conosco sua visão de continuidade, ampliação e democratização da cultura entre a população.
A gastronomia criativa, com suas receitas exclusivas e sabores irresistíveis, é uma das grandes atrações de Paraty. Ao passear pela praça da alimentação, você poderá experimentar pratos como o nhoque de banana da terra ao molho, além de se deliciar com a famosa Jorge Amado, uma bebida exclusiva da cidade. E não podemos deixar de mencionar o artesanato local, que vai desde bonecos de pano até produtos de cuidados com a pele, todos produzidos com maestria por uma associação com mais de 400 integrantes.
Prepare-se para se encantar com a diversidade cultural, as tradições preservadas e a vitalidade artística de Paraty.
Cultura Local
Paraty tem se destacado como um polo desenvolvimentista de cultura, investindo em setores que são fundamentais para sua história e economia. Com uma população de pouco mais de 42 mil habitantes, a cidade se tornou um dos mais importantes centros produtores de diversas manifestações populares, desde os tradicionais festejos que existem há mais de um século até a famosa Flip.
Para discutir as mudanças implementadas pelos últimos governos locais na área da cultura, o RJ Post teve a oportunidade de entrevistar o secretário de cultura, José Sérgio Barro, conhecido como Zé Sérgio. Há dois anos, ele tem defendido uma política de continuidade, ampliação e, sobretudo, democratização do setor entre a população. A sua gestão tem se destacado pelo incremento das festas populares, apoio às tradições gastronômicas e históricas, e pela abertura de acesso à cultura para os paratienses em todos os níveis. Durante a entrevista, Barro levou a equipe de reportagem para conhecer um dos trabalhos mais significativos no desenvolvimento do artesanato e culinária da região.
“Aqui proporcionamos aos visitantes um pouco da nossa história, contada pelas pessoas que aprenderam tudo o que é produzido em Paraty. Somos pioneiros em muitas coisas. Poucos sabem, mas a caipirinha nasceu aqui na cidade, quando um médico recomendou o uso de limão e cachaça para combater um surto de varíola. A bebida que estamos apresentando é a Jorge Amado, exclusiva daqui e diferente da caipirinha, que remonta ao século XIX, por volta de 1850”, ressaltou Zé Sérgio. Ele explicou que a bebida paratiense exclusiva não deve ser confundida com a caipirinha comum, pois a “Jorge Amado” recebeu esse nome por ter sido gravada na cidade as cenas do clássico do cinema “Gabriela”, estrelado por José Wilker e Sônia Braga.
Paralelamente à praça da alimentação, a cultura do município criou a gastronomia criativa, que oferece receitas exclusivas de Paraty, encantando tanto os moradores quanto os turistas. É possível saborear pratos como nhoque de banana da terra ao molho e experimentar uma das bebidas mais cobiçadas, a Jorge Amado. Além disso, uma variedade de doces também são atrações imperdíveis. No mesmo circuito, o artesanato desempenha um papel importante na economia local, oferecendo desde bonecos de pano até produtos para cuidados com a pele, tudo produzido por uma associação que conta com mais de 400 integrantes.
Outro destaque do apoio da Secretaria de Cultura é o Cinema da Praça, que se tornou um ponto de encontro movimentado nos fins de semana. O espaço preserva grande parte de sua configuração original, uma construção única no Centro Histórico de Paraty, que passou por uma ampla reforma na década de 30 e funcionou como cinema até 1973. Após diferentes usos, alguns voltados para a cultura, o prédio foi adquirido pela Prefeitura e, em 2014, reinaugurado como Cinema da Praça pela Secretaria de Cultura. O local abriga atividades voltadas para os jovens, enquanto definia o projeto de restauração arquitetônica e buscava recursos para sua execução. Em julho de 2018, a obra foi finalizada e inaugurada.
Como produtor de eventos, o secretário de cultura ressaltou que, embora certas atividades tragam resultados a curto prazo, ele enxerga a importância de deixar um legado duradouro. Por isso, ele vê o apoio da Secretaria de Cultura como uma maneira de promover a inclusão dos paratianos na ocupação de espaços importantes na cultura. “Sempre ouvi dizer que Paraty tem um grande potencial cultural, mas questionava por que a cidade era conhecida apenas por sediar a Flip, por exemplo. Somos mais do que isso. Podemos desenvolver a cultura com um olhar democrático, e isso vem acontecendo gradualmente por aqui”, explicou Zé Sérgio. Além das festas tradicionais realizadas anualmente, o município tem abrigado outros programas, como o Bourbon Festival Paraty, a Festa de Yemanjá e até mesmo eventos de outras cidades.