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Estado investe R$ 53 milhões na expansão do sistema socioeducativo com foco em ressocialização

O Governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou um investimento de cerca de R$ 53 milhões para ampliar e modernizar o sistema socioeducativo, com a criação de novas unidades e o aumento na capacidade de atendimento a adolescentes em conflito com a lei. Ao todo, serão construídas oito novas estruturas do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), gerando 219 novas vagas — um incremento de mais de 21% na atual oferta.

As obras estão sob responsabilidade da Empresa de Obras Públicas do Estado (EMOP-RJ) e contemplam instalações modernas e seguras, voltadas à reintegração social dos adolescentes. As novas unidades contarão com salas de aula, quadras poliesportivas, áreas de saúde, alojamentos e espaços específicos para os servidores, além de sistemas reforçados de segurança.

De acordo com o governador Cláudio Castro, o projeto representa uma política pública que alia controle institucional e oportunidades concretas de transformação. “É uma iniciativa que une firmeza no cumprimento das medidas com a chance real de recomeço para esses jovens. É assim que vamos romper o ciclo da violência”, afirmou.

Entre os municípios contemplados estão Cabo Frio, São Gonçalo e Bangu, que receberão novos Centros de Socioeducação (CENSEs), cada um com 40 vagas. Também serão criados quatro Centros de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (CRIAADs), com 20 vagas cada, em Padre Miguel, Riachuelo, São Gonçalo e novamente em Cabo Frio. Um dos destaques é o CENSE de Internação Provisória Feminina, na Ilha do Governador, que oferecerá 19 vagas destinadas exclusivamente a meninas, ampliando o atendimento e o cuidado a esse público específico.

Victor Poubel, diretor-geral do Degase, ressaltou o caráter humanizado, seguro e sustentável das novas estruturas, que utilizarão energia solar e reaproveitamento de água. Ele destacou a importância da regionalização das unidades, que permitirá o cumprimento das medidas próximas às comunidades de origem dos adolescentes, facilitando o acompanhamento familiar e fortalecendo os vínculos sociais.

Além da infraestrutura, o governo aposta na educação e na capacitação profissional como caminhos para a transformação. Parcerias com instituições como Senac e Faetec viabilizam cursos técnicos e oficinas dentro das unidades, preparando os jovens para o mercado de trabalho e oferecendo oportunidades reais de reinserção social. “A qualificação é a chave para uma vida digna. Nosso objetivo é reduzir a reincidência e abrir portas para um futuro melhor”, concluiu Poubel.