Firjan alerta para impactos das novas tarifas dos EUA nas exportações do Rio e defende ação diplomática urgente
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) manifestou grave preocupação com o anúncio do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa transversal de 50% sobre as importações brasileiras, com vigência a partir de 6 de agosto de 2025.
Embora a medida não altere as tarifas já em vigor para aço e alumínio, a nova política tarifária representa um duro golpe para a pauta exportadora fluminense, especialmente no setor de Petróleo e Gás, que responde por 60% das exportações do estado para os EUA e gera cerca de 40 mil empregos diretos. Mesmo com a exclusão de produtos como óleos brutos de petróleo de parte da medida, o cenário permanece preocupante.
De acordo com a Firjan, em 2024, 48 municípios fluminenses exportaram para o mercado norte-americano e poderão ser severamente afetados. Uma consulta realizada com empresários locais aponta que 60% já sentem impactos negativos, como queda de receitas, aumento de custos operacionais e redução nas exportações. Além disso, 42% dos entrevistados temem demissões como consequência das novas tarifas.
Diante dos riscos econômicos e sociais, a Firjan defende ações diplomáticas urgentes e o fortalecimento de parcerias internacionais para buscar uma solução negociada. A federação ressalta a importância da estabilidade nas relações comerciais entre Brasil e EUA e destaca que uma resposta coordenada entre governo e setor produtivo é fundamental para preservar a competitividade das indústrias, proteger empregos e evitar prejuízos ainda maiores ao estado do Rio de Janeiro.