Firjan Norte Fluminense mobiliza sociedade e poder público para avançar com projeto da estrada de ferro 118
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) Regional Norte Fluminense realizou uma reunião nesta quinta-feira (17/10) com representantes da sociedade civil e do poder público para discutir estratégias em defesa da implementação da Estrada de Ferro 118 (EF-118). O objetivo do encontro foi elaborar um documento a ser enviado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), destacando a necessidade de vincular a execução do projeto à indenização pela devolução da antiga malha ferroviária da Ferrovia Centro Atlântica (FCA).
A EF-118 é considerada um dos projetos de infraestrutura mais estratégicos para o Norte Fluminense, conectando o Porto do Açu à malha ferroviária nacional e potencializando o desenvolvimento econômico do estado do Rio de Janeiro e do Brasil. “O processo que inicia agora é um grande desafio, e precisamos mobilizar todas as autoridades fluminenses, parlamentares do estado e federais, além da sociedade civil, principalmente aqui da região Norte”, afirmou Francisco Roberto de Siqueira, presidente da Firjan Norte Fluminense, ao abrir a reunião.
Durante o encontro, a prefeita de Quissamã e presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf), Fátima Pacheco, destacou a importância de mobilizar esforços para garantir investimentos equivalentes aos recebidos por outros estados. “Somos 22 municípios na região que atuam em conjunto para defender os investimentos na nossa região. Temos que ir ao governador e à Brasília para garantir essa obra”, enfatizou.
A prefeita de São João da Barra, Carla Caputi, reforçou a necessidade de todos os setores da sociedade estarem unidos em prol da concretização da EF-118, sublinhando a relevância do projeto para o desenvolvimento econômico e social da região. O encontro contou ainda com a participação de representantes das prefeituras de Campos, Macaé, Cardoso Moreira, São Fidélis, Carapebus, além de sindicatos industriais, OAB, CDL e do Porto do Açu.
De acordo com um levantamento da Firjan, a construção da fase inicial da EF-118 poderá gerar R$ 2,5 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) da região Norte Fluminense, criando aproximadamente 68 mil empregos diretos e indiretos. A previsão de arrecadação é de R$ 457 milhões em impostos estaduais e federais, além de um acréscimo de R$ 1 bilhão em salários na força de trabalho local.
Francisco Roberto de Siqueira destacou que a instalação da EF-118, interligando o Porto do Açu à malha ferroviária federal, abrirá novas oportunidades de negócios, promovendo emprego e renda em todo o estado do Rio de Janeiro. Numa fase posterior, a malha ferroviária poderá se estender até o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, e ao porto de Sepetiba, em Itaguaí, ampliando ainda mais os benefícios econômicos para a região.