GAECO/MPRJ e Polícia Civil prendem criminosos especializados em roubo de caminhões na Baixada Fluminense

Nesta quarta-feira (03/07), o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) e a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Japeri, cumprem sete mandados de prisão preventiva contra criminosos que roubavam caminhões para transporte de cargas, em Magé, na Baixada Fluminense. Os mandados da operação Quantrill estão sendo cumpridos em Duque de Caxias, Anchieta e Guapimirim. O GAECO/MPRJ denunciou à Justiça sete homens pela prática de, pelo menos, cinco crimes de roubo, ocorridos ao longo de 2023.

Segundo as investigações, os caminhões mais visados eram aqueles equipados com o Munck, uma estrutura de grande porte para içamento e transporte de cargas, possuindo grande valor de mercado. A pedido do MPRJ, os mandados de prisão foram expedidos pelo Juízo da Vara Criminal de Magé. A operação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB).

De acordo com a denúncia, os roubos ocorreram na Rodovia BR-493, na Rodovia Raphael de Almeida Magalhães e na Rua Luís Alberto Villas Boas Nascimento, todos em Magé. As investigações revelaram que os denunciados agiam com uso de arma de fogo, rendendo motoristas e mantendo-os em seu poder, em liberdade restringida em um veículo de passeio. Enquanto isso, o caminhão era levado para outro local e o rastreador, se presente, desativado, evitando que o roubo fosse comunicado à polícia ou aos proprietários dos caminhões, garantindo o sucesso do crime.

Ainda segundo as investigações, os criminosos usavam um sítio em Mauá para esconder os caminhões roubados, desativar sistemas de busca e, em seguida, adulterá-los, impedindo seu monitoramento. Os integrantes do grupo revezavam-se na abordagem aos motoristas para dificultar o reconhecimento e uma eventual vinculação entre os crimes praticados. O dono de uma borracharia em Duque de Caxias, também denunciado pelo GAECO/MPRJ, era o mentor das ações e proprietário dos carros usados nas abordagens, que eram constantemente trocados para dificultar a identificação.

A operação Quantrill foi batizada em referência à gangue dos irmãos Jesse e Frank James, que nos anos de 1866 ficaram famosos por realizar grandes roubos a trens, carruagens e bancos, destacando-se nas páginas dos jornais da época. Esta referência é usada em alusão aos irmãos investigados na operação.