Golpes financeiros atingem milhões e desafiam consumidores e lojistas com novas estratégias criminosas
Os golpes financeiros seguem crescendo no Brasil e se tornaram parte da rotina de milhões de consumidores. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), realizado em parceria com o SPC Brasil e a Offerwise Pesquisas, 41% dos entrevistados — cerca de 15,5 milhões de brasileiros — foram vítimas ou precisaram adotar medidas para se proteger de fraudes em instituições financeiras nos últimos 12 meses.
A pesquisa alerta que, embora a tecnologia facilite transações e a comunicação, também serve como ferramenta para criminosos, que vêm adotando táticas cada vez mais sofisticadas. Entre os golpes mais comuns estão:
- Pagamento antecipado por produtos ou serviços inexistentes;
- Transferências indevidas motivadas por anúncios falsos em redes sociais;
- Clonagem de cartões de crédito e débito;
- Fraudes com PIX via contatos falsificados;
- Transações bancárias não autorizadas.
Especialistas destacam que até inteligência artificial tem sido usada pelos golpistas, permitindo a simulação de voz e imagem de pessoas conhecidas para tornar as fraudes mais convincentes.
Para o presidente da CDL Petrópolis, Claudio Mohammad, o consumidor precisa estar cada vez mais atento. “É essencial não compartilhar dados pessoais indiscriminadamente e desconfiar de ofertas com preços muito abaixo do mercado.”
A pesquisa também aponta que 38% das vítimas não conseguiram recuperar os valores perdidos, enquanto 61% obtiveram algum reembolso, sendo que apenas 30% conseguiram reaver o valor total. Além do prejuízo financeiro, muitos consumidores enfrentam nome negativado e a necessidade de acionar a Justiça para tentar reverter os danos.
Entre as orientações para se proteger:
- Usar senhas fortes e diferentes para cada serviço;
- Monitorar regularmente o CPF e movimentações bancárias;
- Ter cautela com mensagens suspeitas e ofertas em redes sociais.
Os lojistas também têm um papel relevante na prevenção, ao oferecer ambientes digitais seguros, investir em verificação de identidade e garantir comunicação confiável com os clientes. A soma de medidas preventivas, tanto por parte dos consumidores quanto das empresas, é essencial para reduzir o impacto dessas fraudes cada vez mais frequentes e sofisticadas.