Governo do Rio de Janeiro decreta fim da epidemia de dengue com medidas estratégicas em cidades Fluminenses

Com a adoção de diversas medidas estratégicas nos últimos meses, o governo do Rio de Janeiro decretou, nesta terça-feira (11), o fim da epidemia de dengue no estado. Em Macaé, a prefeitura intensificou suas ações de campo e de educação em saúde, promovendo a coparticipação da sociedade no combate à dengue, zika e chikungunya. Essas iniciativas resultaram na redução de aproximadamente 40% de imóveis positivados entre fevereiro e maio.

Apesar da queda nos casos, o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças, deve continuar de forma constante, pois os ovos do mosquito podem sobreviver por mais de um ano em ambientes secos. Luan Campos, gestor da Coordenadoria Especial de Vigilância Ambiental em Saúde (Cevas), explicou que o fim da emergência para dengue no estado foi devido à queda no número de casos prováveis de arboviroses, conforme avaliação do Centro de Inteligência da Secretaria do Estado de Saúde.

“As ações de combate ao vetor precisam continuar, independentemente do fim da situação de emergência,” afirmou Luan. Ele destacou a importância de manter as visitas realizadas pelos Agentes de Endemias, a pulverização com veículos fumacê, os mutirões nos bairros e as ações educacionais para a conscientização da população.

As ações educativas e de campo não serão reduzidas. As visitas domiciliares pelos Agentes de Endemias visam eliminar os criadouros do mosquito e intensificar os cuidados para o controle da doença no município. Durante as visitas, os agentes percorrem residências e comércios, aplicando larvicida e orientando os moradores sobre a importância de verificar locais propensos à reprodução do mosquito, como caixas d’água, calhas, pratos de vasos de plantas, ralos, aquários, latas, garrafas e pneus.

Durante a aplicação do inseticida com o carro fumacê, os moradores são orientados a abrir portas e janelas, cobrir gaiolas, aquários e alimentos para garantir a eficácia do controle do mosquito adulto.

O trabalho de combate é realizado em parceria com a gerência de Vigilância em Saúde, a Vigilância Epidemiológica, a coordenação de laboratórios, instituições de pesquisa e outras secretarias. A colaboração da população é crucial, pois mais de 90% dos focos do mosquito estão nos imóveis.

“A dengue deixou de ser uma doença sazonal, ocorrendo todos os meses, seja inverno ou verão. Além disso, os casos de chikungunya vêm crescendo. Portanto, precisamos prevenir para salvar vidas e reduzir o número de pessoas adoentadas. Esse continua sendo nosso compromisso,” observou Luan Campos.

Luan enfatizou que a vigilância deve ser constante ao longo do ano e que o planejamento é essencial para enfrentar futuros surtos. “Esta não será a última epidemia que enfrentaremos. Precisamos olhar para o futuro com tecnicidade e ciência, mantendo essas ações como parte da prevenção,” concluiu.

As prefeituras do estado, incluindo Macaé, continuarão seus esforços com o mesmo empenho dos últimos meses, garantindo a saúde e o bem-estar da população através de ações contínuas e coordenadas no combate ao Aedes aegypti.