Governo do RJ realiza ampla restauração na Catedral Metropolitana de São Sebastião com investimento de R$ 68,8 milhões
O Governo do Estado do Rio de Janeiro conduz uma importante obra de restauração na Catedral Metropolitana de São Sebastião, situada na Avenida Chile, no Centro do Rio. A intervenção, prevista para ser concluída até o primeiro semestre de 2026, é coordenada pela Empresa de Obras Públicas (EMOP-RJ) e inclui a recuperação dos vitrais alemães originais, além da pintura da fachada com tinta especial resistente às intempéries. Esta é a primeira grande revitalização da catedral desde sua inauguração, em 1976, e representa um investimento aproximado de R$ 68,8 milhões para preservar este marco arquitetônico e religioso da cidade.
A obra integra o Programa Infratur, iniciativa da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) regulamentada pelo Governo do Estado, que tem como objetivo a recuperação e valorização do patrimônio histórico, cultural e turístico fluminense. Projetada pelo arquiteto Edgar de Oliveira da Fonseca e tombada pelo município, a catedral é um ícone do modernismo carioca e atrai milhares de visitantes anualmente. Para o governador Cláudio Castro, o projeto faz parte de uma política pública que valoriza a memória cultural e o respeito à diversidade religiosa, contemplando ainda a revitalização de outros espaços, como uma igreja presbiteriana e um terreiro de candomblé.
Um dos principais desafios da restauração é manter a catedral aberta ao público durante os trabalhos. Para isso, a EMOP-RJ dividiu a obra em etapas, utilizando andaimes e telas de proteção que garantem a circulação segura dos visitantes e fiéis. A intervenção envolve a recuperação de mais de 67 mil metros quadrados de concreto aparente e melhorias nas áreas internas, como banheiros e corredores. Destaca-se a delicada restauração dos vitrais, feita pelo vitralista Cláudio Sacramento, responsável pela manutenção desses painéis coloridos há mais de três décadas. A técnica “dalle de verre”, utilizada nos vitrais, requer um trabalho cuidadoso realizado na oficina no subsolo da catedral, onde as peças são desmontadas, inspecionadas e restauradas, enfrentando problemas como infiltrações e rachaduras.
O pároco Cláudio dos Santos destaca que a obra é essencial para valorizar a segurança e a beleza do espaço sagrado, além de reforçar sua importância como ponto turístico. A Catedral Metropolitana recebe visitantes de diversas religiões do Brasil e do mundo, oferecendo um espaço de encontro espiritual e cultural. Paralelamente, a revitalização de outros dois importantes prédios religiosos no estado — a Catedral Presbiteriana e o centro Ilé Asé Opó Afonjá, em São João de Meriti — soma um investimento total de cerca de R$ 86 milhões, reafirmando o compromisso do governo do Rio com a preservação e o fortalecimento do patrimônio religioso e cultural do estado.
