Indústria da construção civil no Brasil deve movimentar R$ 796,4 bilhões até 2026, aponta estudo da Firjan

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou um estudo que projeta que a indústria da Construção no Brasil contribuirá com R$ 796,4 bilhões para a economia até 2026. Esse montante engloba investimentos significativos em habitação, infraestrutura e a demanda por insumos na cadeia produtiva.

Marcelo Kaiuca, presidente do Fórum Setorial da Construção Civil da Firjan e do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Cimento Armado, Ladrilhos Hidráulicos e Produtos de Cimento do Estado do Rio de Janeiro (Induscimento), destaca a importância da indústria da Construção como impulsionadora do desenvolvimento econômico. Ele menciona que questões relacionadas ao setor estarão em foco no Rio Construção Summit, que começou no dia 19 de setembro no Píer Mauá.

O estudo, realizado em colaboração com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (SindusconRio), o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura (Sinicon) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), também prevê que esse investimento considerável tem o potencial de gerar 2,4 milhões de empregos a cada ano durante a execução dos projetos planejados.

No que diz respeito aos investimentos planejados, o estudo destaca que R$ 316,7 bilhões serão destinados à habitação, com ênfase no programa Minha Casa Minha Vida do governo federal. Para a área de infraestrutura, incluindo investimentos em rodovias, ferrovias e saneamento, estão previstos R$ 346,9 bilhões. No contexto dos investimentos relacionados à cadeia produtiva (R$ 132,8 bilhões), setores notáveis incluem minerais não metálicos (R$ 28,48 bilhões) e metalurgia (R$ 18,31 bilhões).

Claudio Medeiros, presidente do Sinicon, destaca a importância dos investimentos relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e expressa otimismo em relação ao crescimento econômico resultante desses investimentos.

Renato Correia, presidente do CBIC, enfatiza a força do setor da Construção, mas também reconhece os desafios à frente, exigindo colaboração entre governos estaduais, governo federal, sociedade e setor privado.

Analisando por regiões, o Sudeste lidera com o maior volume de recursos (R$ 233,17 bilhões), seguido pelo Nordeste (R$ 204,13 bilhões), Norte (R$ 85,60 bilhões), Centro-Oeste (R$ 73,33 bilhões) e Sul (R$ 67,35 bilhões). Claudio Hermolin, presidente do SindusconRio, destaca as oportunidades para enfrentar desafios como o déficit habitacional e de infraestrutura, enfatizando a importância do planejamento rigoroso dos projetos.