Janeiro Roxo: Macaé promove ciclo de palestras sobre hanseníase
Com objetivo de chamar a atenção da sociedade e das autoridades de saúde sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado da Hanseníase, o mês de janeiro foi instituído como “Janeiro Roxo”.
Em Macaé, a Secretaria de Saúde, por meio da gerência de Vigilância em Saúde, irá promover um ciclo de palestras no dia 26, a partir das 13h, no auditório do Paço Municipal, voltado aos profissionais de saúde.
“Além de conscientizar o cidadão, queremos atualizar nossas equipes, prepará-los para receber bem essas pessoas e saber identificar, conversar, acolher cada vez melhor o cidadão que procura atendimento nas nossas unidades”, disse a secretária adjunta de Atenção Básica, Natália Antunes.
A coordenadora do Programa de Dermatologia Sanitária e de Pneumonia Sanitária, Grazielli Valente, lembra que este mês de mobilização e combate à doença visa, ainda, o diagnóstico precoce, interrompendo a cadeia de transmissão. “É importante lembrar que no último domingo do mês de janeiro é celebrado o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, a data foi instituída pela Lei nº 12.135/2009”, frisa.
Ela ressalta, que além do tratamento gratuito é feito um trabalho conjunto com atividade de educação em saúde para a população e a busca ativa dos casos suspeitos. “Estas são algumas estratégias, realizadas periodicamente, essenciais para a detecção de casos”, explica Grazielli, acrescentando que a doença tem cura e dura em média de seis meses a um ano.
Grazielli reforça que as pessoas com suspeita da doença devem procurar as unidades básicas de saúde, unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF) ou Programa de Dermatologia Sanitária, que funciona no Centro de Especialidades Médicas Dr. Moacir Santos (Barracão), na Rua Marechal Rondon, 390, Miramar.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria, chamada Mycobacterium Leprae. A transmissão entre humanos se dá através do contato direto e prolongado com o portador do bacilo que não esteja em tratamento. Apesar de ser uma enfermidade dermatológica, sua transmissão é realizada por gotículas que saem do nariz ou através da saliva. Não há transmissão pelo contato de pele com o paciente.
A hanseníase afeta primordialmente a pele, mas também pode atacar os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos.
Ela não se manifesta imediatamente. Seu tempo de incubação no organismo humano varia de seis meses a até seis anos. Um de seus principais sintomas são manchas de cor parda ou eritematosas, geralmente pouco visíveis e com limites imprecisos.
Nas áreas mais afetadas pela doença, o paciente apresenta normalmente uma perda de sensibilidade térmica na região da mancha, perda de pelos e ausência de transpiração. Além disso, podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos. Também podem haver alterações na musculatura esquelética, causando deformidades nos membros.
A hanseníase não é transmitida através de copos, pratos, talheres, portanto não há necessidade de separar utensílios domésticos da pessoa com hanseníase; assentos, como cadeiras, bancos; apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em transporte coletivos ou serviços de saúde; picada de inseto; relação sexual; aleitamento materno; doação de sangue; herança genética ou congênita (gravidez).