Jornalista Susana Naspolini poderá dar nome a prêmio de jornalismo comunitário na Alerj

Projeto de Resolução foi publicado em Diário Oficial nesta sexta-feira

Conhecida pelo grande público por seu carisma e jeito particular de reportagem, a jornalista Susana Naspolini, poderá ser homenageada na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) com um prêmio que terá o seu nome. A honraria é  fruto de Projeto de Resolução do deputado estadual Max Lemos (PROS) e foi publicado em Diário Oficial nesta sexta-feira.

O Prêmio Susana Naspolini de Jornalismo Comunitário servirá para dar reconhecimento a pessoas físicas e jurídicas que tenham se destacado no desenvolvimento do jornalismo comunitário.

“Susana Naspolini ficou conhecida pelo grande público em suas reportagens no RJTV da Rede Globo por denunciar de forma espontânea, bem-humorada e assertiva o descaso do poder público em áreas carentes, fazendo um importante link entre o poder público e a população, sendo carinhosamente acolhida por ambos, e exercendo o verdadeiro conceito e objetivo do jornalismo comunitário, contribuindo para o crescimento da sociedade e para o jornalismo brasileiro. Esta será uma justa homenagem tanto para a memória da Susana quanto para aqueles que sempre foram destaque no jornalismo comunitário”, explicou o deputado Max Lemos.

Perfil

Susana Dal Farra Naspolini Torres nasceu no dia 20 de dezembro de 1972, em Criciúma, Santa Catarina. Foi esposa do também jornalista  Maurício Torres, narrador e apresentador esportivo que morreu em maio de 2014 de falência múltipla de órgãos decorrente de quadro infeccioso. Os dois tiveram uma filha, Júlia, que hoje tem 16 anos.

Começou no grupo Globo em 2002 como repórter temporária da GloboNews, depois passou pelo Canal Futura, pela produção da Editoria Rio, da TV Globo, e pela equipe de reportagem dos telejornais ‘Bom Dia Rio’ e ‘RJTV’. Em 2008, em sistema de rodízio com outros repórteres, começou a apresentar o quadro ‘RJ Móvel’, parte do ‘RJ1’.

Seu jeito de apresentar o RJ Móvel a tornou ainda mais conhecida do grande público. Era a repórter que colocava sacos no pé para pisar na lama com os moradores, pegava escada para ver obras paradas por trás dos tapumes, comemorava com bolo, junto com a população, quando uma obra saia, entre outras séries de ações, sempre bem humorada, mas com muito profissionalismo. Com seu carisma, ganhou o carinho e admiração de muitos.

Ao longo de sua vida Susana Naspolini teve diferentes diagnósticos de câncer. O primeiro foi um linfoma de Hodgkin aos 18 anos. Descobriu um tumor maligno na mama aos 37 anos e, depois, um câncer na tireóide. Em 2016 enfrentou outro câncer de mama. Alguns anos depois foi diagnosticada com câncer na bacia.

Susana Naspolini faleceu em 25 de outubro após perder a batalha contra o câncer.