Julgamento sobre a liberação da arquibancada principal do Atílio Marotti é adiado
O julgamento tão aguardado sobre a liberação da arquibancada principal do Estádio Atílio Marotti ao público foi adiado. Na última quarta-feira, a 4ª Vara Cível da Comarca de Petrópolis acatou o pedido do Ministério Público Estadual (MPE) e adiou a análise do caso para o dia 31 de maio, o que deixou o Serrano frustrado, já que terá que esperar pela decisão final sobre a matéria.
Enquanto isso, o Leão da Serra, o Vera Cruz e o Petrópolis-Gonçalense vão pedir à Federação de Futebol do Rio (Ferj) a liberação do espaço como mando de campo para seus jogos pelos Estaduais das Séries C e A-2. O argumento é que o Atílio Marotti receba os jogos oficiais com a redução na venda de ingressos e, consequentemente, de público, pelo menos até que a arquibancada principal do estádio seja liberada.
No entanto, a Ferj também está envolvida no processo e essa decisão pode ocorrer apenas após o julgamento do dia 31 de maio. Os dirigentes dos clubes estão tensos com a situação. O Vera Cruz estreia no Estadual da Série C em 7 de maio e ainda não conseguiu indicar o Atílio Marotti como seu mando de jogo. Caso a Ferj não libere o “Atilhão”, terá que indicar outro campo para jogar. O time petropolitano enfrentará o Mesquita às três da tarde. Já o Petrópolis-Gonçalense fará seu primeiro jogo pela A-2, a Segundona do Rio, em 13 de maio, enfrentando o Macaé Sports. O Serrano só entrará em campo no mês de agosto para a disputa da Copa Rio.
A expectativa dos três clubes que dependem de mandar seus jogos em Petrópolis no Atílio Marotti é relativamente otimista, já que, apesar de solicitarem à Ferj que limite a capacidade de público do estádio, esta está envolvida no processo do MPE e pode esperar por uma decisão após o dia 31 de maio, ou seja, a bola já estará rolando por dois Estaduais. O que pode contar a favor dos petropolitanos é o fato de que há poucos estádios certificados para receber partidas oficiais, por isso o Atílio Marotti ganha uma importância central neste processo.
Um relatório elaborado pelo Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE/MPRJ) revelou que o estádio “não possui condições seguras para a utilização, haja vista a identificação de diversas patologias nas estruturas de concreto armado e o péssimo estado de conservação das estruturas metálicas, constatando-se elementos de sustentação das telhas (terças) com risco iminente de queda dentro da projeção do telhado”. Por outro lado, o Serrano assegura que todos os reparos pedidos pela justiça foram realizados.