Lembrança e legado: Há 20 anos, Barra Mansa recorda o grande artista Clécio Penedo

Nesta quarta-feira (17), completa-se duas décadas da morte de Clécio Penedo, figura destacada entre os grandes artistas visuais do Brasil. Nascido em Bom Jardim (MG) em 14 de dezembro de 1936, mas radicado em Barra Mansa, Clécio faleceu em 17 de janeiro de 2004, aos 67 anos, após uma batalha contra o câncer.

Internacionalmente reconhecido, suas obras foram exibidas em países como Japão e Alemanha, além de passarem pelos principais museus do Brasil, incluindo o Museu Nacional de Belas Artes, o Museu Histórico Nacional, o Museu Lasar Segall e o Museu Imperial.

Com um olhar atento às causas sociais, Clécio dedicou grande parte de sua carreira aos povos originários, utilizando suas obras como forma de denúncia. Entre suas peças de destaque estão “One Dollor” (1979), “A Ceia” (1992) e “Colonização e Dependência” (1987). Durante seus estudos na Escola Nacional de Belas Artes, na década de 1950, produziu séries notáveis como “Geróticos”, “A Revolta da Chibata”, “Corpo Sem Cabeça” e “És Tupi do Brasil”.

Chegado a Barra Mansa aos cinco anos de idade, Clécio deixou um legado duradouro na cidade. Além de dar nome a uma escola, galeria de arte e rua, o artista é homenageado com a medalha de mérito cultural. O Instituto Cultural Clécio Penedo, localizado na Rua Álvaro Gonçalves, no bairro Verbo Divino, guarda suas obras e está aberto à visitação, contando com o apoio da própria família na conservação do espaço.